Bem Estar

Introdução alimentar: como a ingestação de sólidos pode estar relacionada a alergias no seu bebê

Pediatras e nutricionistas afirmam que adiar a introdução alimentar infantil por medo do desenvolvimento de alergias, registradas em pelos menos 8% da população infantil, pode causar efeito contrário.

28 Mai 2022 - 16h00 | Atualizado em 28 Mai 2022 - 16h00
Introdução alimentar: como a ingestação de sólidos pode estar relacionada a alergias no seu bebê Lorena Bueri

A transição do aleitamento materno exclusivo, que deve acontecer até os 6 meses de vida do bebê, para a alimentação complementar e introdução de alimentos sólidos, com diversas texturas e sabores, é um dos fatores que mais causam preocupações nos pais. Muitos temem a reação das crianças à ingestão dos novos alimentos, principalmente aqueles com fama de alergênicos, como leite, ovos, castanhas, peixes e frutos do mar.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), estima-se que 6 a 8% das crianças com até 2 anos sofrem com alergias alimentares, mas adiar o contato delas com outras comidas pode causar o mesmo efeito. "Restringir a dieta ou demorar para apresentar algum alimento pode ter o efeito oposto, aumentando as chances de reação alérgica mais tarde", explica a pediatra e alergista Renata Cocco, professora da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, em São Paulo.

Deixar a introdução alimentar para depois também pode acarretar em diversos problemas, tanto para as crianças quanto para a família. Um levantamento realizado em 2020 pela VEJA SAÚDE com apoio da Danone Nutricia revelou que quase 9 a cada 10 famílias, com crianças de até 10 anos, passavam por problemas na hora das refeições, isso porque a criançada se negava a conhecer novos alimentos (61% dos casos); atitudes como desinteresse pelo prato, brincadeiras à mesa e distrações no momento das refeições foram registrados em 40% dos lares.  


Introdução alimentar só deve ser iniciada a partir dos 6 meses. (Foto: Reprodução/Blog Mamãe e Cia).


De acordo com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifasp), é comum que ocorra uma recusa inicial da criança durante a introdução alimentar, mas "quando isso se intensifica e se torna crônico, pode comprometer o desenvolvimento infantil e toda a dinâmica familiar", diz .

O recomendado, portanto, é não restringir a alimentação das crianças, oferecendo de tudo um pouco durante a introdução alimentar, sempre prestando atenção as reações dos pequenos, que com o tempo se acostumarão aos novos alimentos.

Dicas alimentares

Algumas dicas podem tornar esse momento mais tranquilo para os pais e bebês.

1 – Sem sal

Nutricionistas e pediatras não recomendam a ingestão de alimentos com sal até o primeiro ano de vida, sendo assim, opte por ervas e outros temperos para dar gosto a comida.

2 – Sem açúcar ou mel

Tanto o leite materno quanto outros alimentos, em sua grande maioria frutas, já são adocicados, por isso evite adicionar mais. Já o mel não deve ser consumido até a criança completar 1 ano, pois pode alojar bactérias causadoras do botulismo.

3 – Diversidade de alimentos

Por último, aposte em um cardápio variado, com diversas frutas, legumes e verduras, garantindo a ingestão de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais pela criança.

 

Foto Destaque: Além do leite materno, é importante que os bebês tenham contato com outros alimentos. Reprodução/Blog Granado Bebê.

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