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Guerra na Ucrânia: Maior usina nuclear da Europa está fora de controle, alerta ONU

Diretor da Agência Internacional de Energia Atômica pediu para que Ucrânia e Rússia permitam o acesso de especialistas à usina de Zaporizhzhia, ocupada pelos russos desde o início da guerra.

04 Ago 2022 - 17h00 | Atualizado em 04 Ago 2022 - 17h00
Guerra na Ucrânia: Maior usina nuclear da Europa está fora de controle, alerta ONU Lorena Bueri

Ocupada pelo exército russo durante a invasão da Ucrânia, a fábrica de Zaporizhzhia está "completamente fora de controle", disse o chefe da agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas).

O argentino Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em entrevista à agência de notícias Associated Press,  afirmou que a fábrica de Zaporizhzhia, no sul ucraniano, necessitava de uma inspeção e de reparos. "Há uma série de coisas que nunca deveria estar acontecendo em nenhuma instalação nuclear", declarou.


Soldado russo na Usina Nuclear de Zaporizhzhia em Energodar tirada em maio de 2022. (Foto: Andrey Borodulin/AFP via BBC)Soldado russo na Usina Nuclear de Zaporizhzhia em Energodar tirada em maio de 2022. (Foto: Andrey Borodulin/AFP via BBC)


A maior usina nuclear da Europa está localizada perigosamente perto da zona de conflitos.

No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou a Rússia de usar a usina, invadida em março, como base militar para lançar ataques contra forças ucranianas.

A Ucrânia diz que os russos estacionam tropas e armazenam equipamentos militares nos terrenos da usina, localizada no rio Dnipro, no sul do país.

Em contrapartida, um funcionário russo que atua na região alegou à agência de notícias Reuters que forças ucranianas estavam usando armas fornecidas pelo Ocidente para atacar a usina.

A Rússia está pronta para mostrar à AIEA como vem protegendo a instalação nuclear dos ataques dos ucranianos, segundo Yevgeny Balitsky.

Quando os russos tomaram a usina, o bombardeio das instalações causou revolta e preocupação internacional. A usina ainda está operante, com funcionários ucranianos sob domínio russo.

Rafael Grossi, em entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York, afirmou que todos os princípios de segurança nuclear foram violados.

"A situação é muito frágil. Todos os princípios de segurança nuclear foram violados de uma forma ou de outra e não podemos permitir que isso continue acontecendo".

Grossi disse ainda, que estava tentando montar uma missão o mais rápido possível para visitar a instalação. Contudo, isso exigia a aprovação dos lados ucraniano e russo, respectivamente, bem como autorização da ONU, em virtude dos riscos envolvidos em visitar a zona de guerra.

Em junho, a estatal nuclear da Ucrânia disse que o país não havia convidado a agência da ONU, pois qualquer visita legitimaria a presença da Rússia ali.

Nesta semana, o diretor-geral da AIEA disse que ele e sua equipe precisavam de proteção para chegar em segurança a Zaporizhzhia, ou seja, os conflitos entre Rússia e Ucrânia precisavam de trégua. "Estou pedindo a ambos os lados que deixem esta missão prosseguir", disse ele.

Os contatos da agência da ONU com a equipe da instalação foram "irregulares" e a cadeia de suprimentos de equipamentos e peças sobressalentes está interrompida, explicou Grossi à AP. Havia também muito material nuclear que precisava ser inspecionado, acrescentou.

"Enquanto esta guerra continua, a inação é inconcebível. Se ocorrer um acidente na Usina Nuclear de Zaporizhzhia, não teremos um desastre natural para culpar, teremos que responder apenas a nós mesmos. Precisamos do apoio de todos", declarou ele.

Blinken, acusando os russos de usar a usina como um "escudo nuclear", alegou: "É claro que os ucranianos não podem revidar para que não haja um terrível acidente envolvendo a usina nuclear".

O norte da Ucrânia foi palco do pior desastre nuclear do mundo, em 1986, quando um reator na usina de Chernobyl explodiu.

Em 24 de fevereiro deste ano, as forças russas também tomaram Chernobyl logo após a invasão da Ucrânia, mas se retiraram após cinco semanas. Computadores no local foram saqueados ou danificados, mas as estruturas principais na usina desativada não foram afetadas.

 

Foto destaque: Usina nuclear de Zaporizhzhia. Reprodução/Poder360

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