O mundo é da geração Z, ou seja, aqueles que nasceram no final dos anos 1990 até o começo dos anos 2010. Os hábitos e preferências dos jovens dessa comunidade serve como parâmetro para os pesquisadores mapear as próximas tendências de comportamento em diversos aspectos da sociedade, incluindo o mercado de trabalho. A geração Z ocupa mais de 20% da indústria, que está sendo impactada pela presença desses jovens que querem mudar o mundo com preferências que já estão até reinventando as regras.
Os jovens da geração Z buscam no mercado de trabalho estabilidade e perspectiva de crescimento, e crescendo em meio às incertezas econômicas e políticas, eles terão que fazer um esforço bem maior do que os seus pais e avós fizeram.
Geração Z (Foto:Reprodução/Nicolau Spadoni)
A razão disso está na flexibilização do trabalho, pois mediante a crise contínua e agravada pela pandemia de Covid-19, agora os cargos estão com menos direitos trabalhistas, economizando os gastos com garantias trabalhistas e só beneficiando os donos das empresas. A uberização têm o trabalhador como o seu próprio chefe, com autonomia em sua rotina. Um exemplo é a Uber, que foi possível graças ao avanço automação e da inteligência artificial.
A pandemia trouxe o trabalho remoto. Segundo um estudo do LinkedIn, 70% dos jovens trabalhadores estão com receio que esse formato atrapalhe sua carreira. O motivo é que a falta do contato presencial com seus colegas de trabalho pode impedi-los de adquirir aprendizados e praticar o networking através de eventos.
Geração Z (Foto:Reprodução/Nicolau Spadoni)
O avanço tecnológico junto com a educação financeira difundida pelo meio digital, fizeram com que esses jovens entendessem os males que a indústria da moda promove com iniciativas que incentivam o consumo rápido e de maneira compulsiva.
A geração Z é contra o consumo de peças de roupas de modo constante e que não seja sustentável. Com isso, os brechós ganharam força no TikTok e Instagram, e fizeram a economia circular, aumentando a vida útil dos itens e reduzindo o valor.
O hábito de adquirir peças de segunda mão já está influenciando as decisões de marketing das marcas de luxo como Gucci e Prada. Sendo assim, os profissionais da geração Z que estão ingressando no mercado da moda estão dispostos a mudar a regra do jogo para criar uma nova realidade para as próximas gerações, baseado na sustentabilidade e no consumo consciente.
Foto destaque: jovem da Geração Z. Reprodução/Nicolau Spadoni