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Garimpeiros exigem sexo com meninas indígenas em troca de comida

Relatório divulgado nesta segunda mostrou que as meninas do grupo Yonomami vem sendo vítimas de abuso pelos garimpeiros da região, que usam o sexo como moeda de troca por comida.

11 Abr 2022 - 19h52 | Atualizado em 11 Abr 2022 - 19h52
Garimpeiros exigem sexo com meninas indígenas em troca de comida Lorena Bueri

Mulheres, mais especificamente, adolescentes indígenas estão sendo abusadas por garimpeiros, que exigem sexo como moeda de troca por comida na Terra Yanomami. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo, no último domingo (10), e um relatório da Hutukara Associação Yanomami (Hay) com essas informações foi divulgado nesta segunda-feira (11).

No documento consta os relatos de vários indígenas, pesquisadores e antropólogos, que afirmaram que ao menos três meninas adolescentes, com até 13 anos de idade, ficaram doentes e morreram no ano de 2020 após os abusos cometidos por esses homens.

Segundo uma das pesquisadoras indígenas presentes no relatório, a morte dessas meninas causou indignação no povo yanomami, mas o abuso dos garimpeiros continua.

"Elas eram novas, tendo apenas tido a primeira menstruação. Após os garimpeiros terem provocado a morte dessas moças, os yanomamis protestaram contra os garimpeiros, que se afastaram um pouco. As lideranças disseram para eles [garimpeiros] que estando tão próximos, se comportam muito mal”, disse o relato.


As maiores vítimas do abuso são meninas de até 13 anos (Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal via O Globo)


Segundo moradores da região do Rio Apiaú, local com forte presença dos Yanomamis, um garimpeiro que tem o costuma de explorar aquele local ofereceu drogas e bebídas aos indígenas, e assim, quando todos estavam bêbados, estuprou uma das crianças do local. Além disso, há relatos sobre um casamento arranjado entre um garimpeiro e uma das adolescentes indígenas.

O vice-presidente da Hay, Dário Kopenawa, mostrou sua indignação com o ocorrido.

“Esse documento mostra a realidade que estamos vivendo e suas consequências, de muita violência e vulnerabilidade. O meu povo está sofrendo. Pedimos o apoio da população para se unir ao nosso grito de socorro para a retirada imediata dos garimpeiros do nosso território”, disse.

Os yanomami são um grupo de aproximadamente 35.000 indígenas que vivem em cerca de 200 a 250 aldeias na floresta amazônica, na fronteira entre Venezuela e Brasil. Esse grupo já vem sofrendo há muito tempo com as atividades de garimpo.

 

Foto Destaque: Menina yonomami em sua terra – Créditos: Divulgação/ Arquivo Pessoal via O Globo

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