Após os atos terroristas do dia 8 de janeiro, o ex-chefe de segurança pública teve sua prisão decretada e executada hoje. Anderson foi preso após desembarcar em Brasília,no Distrito Federal.
A prisão foi requerida pela Polícia Federal e decretada e determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) na terça-feira (10). A expectativa quanto a essa apreensão é que Torres conceda um depoimento bombástico. Espera-se que ele explique de onde partiu o incentivo inicial para os atos terroristas do último domingo (8) que destruiu o Palácio do Planalto.
Para quem não se lembra ou não sabe,Anderson Torres era o secretário de segurança pública do Distrito Federal no momento dos ataques que aconteceram na última semana. No entanto, ele foi removido do cargo pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). O governador também foi afastado de suas funções. Ambos estão sendo investigados sobre o papel que tiveram nessa invasão contra o estado democrático de direito.
Os crimes contra o Planalto e outros lugares como o Congresso Nacional, símbolos do poder político brasileiro, apontam para uma omissão por parte dos líderes da capital do país.
Ibaneis Rocha, recentemente deu um depoimento de 3 horas para a PF. A defesa de Rocha afirmou em um documento enviado ao Supremo que o plano de segurança elaborado para a manifestação de domingo sofreu sabotagem de forças de seguranças locais e acusa policiais de terem sido coniventes com os golpistas disfarçados de manifestantes.Os advogados do governador afastado confessaram que faltou preparação para a ajuntamento do dia 8.
Anderson, vai passar pelo mesmo processo, já que ele era o responsável pela segurança do Distrito Federal (DF) quando aconteceram as invasões. No entanto, Torres não estava no país, e sim na Flórida, no mesmo local onde atualmente está Jair Bolsonaro.
O policiamento sob o comando de Anderson, nesse dia, foi considerado insuficiente. Por isso foi ordenada uma operação de busca e apreensão em endereços de Torres. A PF encontrou em sua casa a minuta de um decreto para estabelecer um estado de defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.
Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano passado. Essa medida é considerada inconstitucional por juristas. Por essas evidências que o antigo ministro da justiça do governo Bolsonaro se tornou um dos suspeitos da operação que investiga a tentativa de golpe de Estado. Especula-se que ele agiu de forma antidemocrática.
A tal minuta nunca chegou a virar decreto oficial. Ela é datada do ano de 2022 com dia e mês em branco, porém com o nome de Bolsonaro.
De acordo com a Globo News ,após a prisão, Anderson foi levado para o Batalhão da Polícia Militar, no Guará. A audiência de custódia dele estava marcada para ocorrer às 12h30 de hoje, por vídeo chamada.
Torres,de acordo com a jornalista Natuza Nery, comprou uma passagem para Miami, nos Estados Unidos, usando apenas os seus dois primeiros nomes, Anderson Gustavo. Após sua prisão ser decretada, Anderson disse através das redes sociais que se entregaria.
Clique e veja o pronunciamento de Anderson Torres:
Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa.
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 10, 2023
Por falar em redes sociais,o Twitter entrou em colapso com a notícia da prisão de Anderson Torres. Randolfe Rodrigues foi um dos que comentou o ocorrido. "A prisão de Anderson Torres foi mais um recado àqueles que passaram os últimos 4 anos desrespeitando a Lei e conspirando contra o país. Agora não cabe desculpas, cabe responsabilização. O Brasil está dizendo ao mundo que não dará espaço para o golpismo " afirmou o senador da República pelo estado do Amapá.
Foto destaque: Anderson Torres e Bolsonaro (Reprodução\ Instagram)