Dois anos após a autorização do FDA para comercializar seus produtos no mercado, uma startup começa a se destacar no mercado. Trata-se da Michroma, empresa de biotecnologia que produz corantes através de fungos, ao invés do atual método que usa derivados do petróleo.
A empresa lucrou mais de 33 milhões de reais em 2022 e as perspectivas para esse ano são ótimas. Danone, NotCo e Grupo Bimbo estão em negociações para usar os corantes saudáveis e ecologicamente corretos em alguns produtos.
A Michroma é uma empresa fundada por dois argentinos com sede em São Francisco. Maurício Braia, sócio e PhD em ciências biológicas, percebeu que um de seus cultivos de fungos produzia uma coloração vermelha.
Ele disse, “Achei que essa poderia ser uma grande oportunidade de produzir corantes naturais com uma tecnologia que permitisse alta eficiência e baixo custo. Transformamos essa ideia em um projeto que evoluiu para o Michroma.” Segundo o outro sócio e CEO da empresa, Ricky Cassini o corante descoberto por Braia é mais resistente a temperaturas e ph dos alimentos que outros tipos de corante natural como raiz de beterraba ou insetos.
Fungos (Reprodução/ Pixabay)
O primeiro produto da Michroma é o Red+. Ele se mostrou resistente à processos de pasteurização e cozimento por exemplo.
"Aproveitamos o poder da biotecnologia para construir um futuro mais colorido", dizem os sócios. Entre os próximos projetos está o desenvolvimento de aromas a base de plantas.
A empresa também tem projetos para diminuir seu impacto ecológico. “Estamos reaproveitando resíduos da indústria agrícola e alimentando nossos fungos com eles. Isso não apenas nos ajuda com reciclagem e gerenciamento de resíduos, mas também reduz o custo de nossa mídia.”, disse Ricky Cassini.
Já existe disponível no mercado corantes laranja e amarelo produzidos pelos fungos da Michroma. Eles pretendem desenvolver agora corantes azul e verde.
Foto Destaque: Michroma. Reprodução/ Instagram