Nos últimos dias milhares de pessoas estão sofrendo com as altas temperaturas, e enquanto isso recordes de ondas de calor têm incendiado áreas no interior da Europa, queimando os EUA e deixando pelo menos 31 cidades chinesas em alerta.
O que tem levado essas enormes temperaturas em vários continentes são os cinco sistemas climáticos separados de alta pressão ligados por ondas atmosféricas.
À medida que essa onda de calor da Europa tem se movido para o leste, os incêndios florestais obrigaram inúmeras pessoas a deixar seus lares, cobrindo em fumaça partes da Itália, França e da Grécia. Esses lugares foram atingidos por temperaturas de quase 38 °C.
Devido à forte onda de calor, pessoas usam todos artifícios para se protegerem (Fonte: Getty Images via BBC)
Cerca de 19 países foram colocados em situações de “perigo extremo” para incêndios florestais, pelo Sistema Europeu de Informações sobre Incêndios Florestais. Essa área é coberta por uma extensão que vai desde Portugal até a Espanha. Em Santarém, norte de Lisboa, ocorreu um incêndio florestal que iniciou na semana passada e voltou a acontecer nessa terça-feira (19), devido às fortes ventanias na região.
Mesmo tendo ocorrido uma diminuição dessas temperaturas em parte do Reino Unido, áreas residencias ao redor de Londres se encontram em ruínas após os incêndios.
Isso tudo é "efeito das mudanças climáticas", segundo o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Pedro Côrtes, para a rádio CNN. Nessa entrevista, ele comenta que essas mudanças estão chegando de maneira mais acentuada do que imaginava inicialmente e com uma grande intensidade em termos geográficos. Ele complementa falando que as medidas propostas pelas convenções do clima, para o corte de emissões de gases de efeito estufa, têm se mostrado insuficientes.
Foto Destaque: Termometro de celsius e fahrenheit (Reprodução: Canva)