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Eleições 2022: Confira os principais assuntos abordados na entrevista de Lula no Jornal Nacional

Lula (PT) foi o terceiro candidato a participar da série de entrevistas com os presidenciáveis. Antes dele, vieram Jair Bolsonaro (PL), e Ciro Gomes (PDT). A última entrevista será com Simone Tebet (MDB), nesta sexta-feira (26).

26 Ago 2022 - 03h57 | Atualizado em 26 Ago 2022 - 03h57
Eleições 2022: Confira os principais assuntos abordados na entrevista de Lula no Jornal Nacional Lorena Bueri

Nesta quinta feira (25) o Jornal Nacional da TV Globo, entrevistou o ex-presidente da república e candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi o terceiro sabatinado pelos jornalistas Willian Bonner e Renata Vasconcellos. Nesta sexta feira (26) a candidata do MDB, Simone Tebet será entrevistada. Confira os principais assuntos debatidos na entrevista:

Lista Tríplice da PGR

Quando foi perguntado se usaria a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) como usou nos seus dois mandatos, para escolha do procurador-geral da República, Lula disse:

“Eu não quero definir agora o que é que eu vou fazer. Primeiro eu preciso ganhar as eleições. Esse negócio de a gente ficar prometendo fazer as coisas antes de a gente ganhar, a gente comete um erro”.

A associação elabora uma lista com os três nomes mais votados pela categoria. O presidente não é obrigado a escolher alguém da lista tríplice, mas esse vinha sendo o costume desde o primeiro ano do governo Lula, em 2003 até o ano de 2017.

Em 2019 o presidente Jair Bolsonaro ignorou a lista tríplice e escolheu Augusto Aras para comandar a PGR e repetiu a escolha em 2021.

Eu não quero amigo no Ministério Público. Eu não quero amigo na Polícia Federal. Eu não quero amigo no Itamaraty, não quero amigo em nenhuma instituição. Eu quero pessoas competentes, pessoas ilibadas, pessoas republicanas e pessoas que pensem sobretudo no povo brasileiro”, disse o candidato.

Se eleito, o petista afirmou que terá “várias reuniões com o Ministério Público para discutir os critérios”. O candidato afirmou também que não quer um procurador-geral da República “amigo”.

MST

O candidato afirmou que o MST hoje é diferente de 30 anos atrás, quando invadia propriedades rurais, e completou afirmando que é preciso ter paz no campo e que fazendeiros apoiam Bolsonaro porque o presidente está facilitando a compra de armas de fogo. Mas, segundo Lula, a solução não é a “bala”.

"O MST está fazendo uma coisa extraordinária, está cuidando de produzir, não sei se você sabe, o MST hoje tem várias cooperativas, o MST é o maior produtor de arroz do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais", disse o candidato.

Orçamento Secreto

Orçamento secreto é o nome dado a emendas parlamentares que são distribuídas sem a devida transparência usando apenas o critérios arbitrários.

Hoje, não é só o presidente da República, não. Os governadores dos estados estão reféns dessas emendas secretas também. Porque antigamente o deputado ia conversar com o governador para fazer a aplicação de verba. Hoje, os deputados não conversam mais. Tem deputado liberando R$ 200 milhões, R$ 150 milhões, R$ 100 milhões. Isso é um escárnio. Isso não é democracia", declarou Lula.

Para o candidato do PT, o orçamento secreto é uma “usurpação do poder”. Lula argumenta que a prática fere o modelo presidencialismo. Ele critica um modelo denominado “semipresidencialismo” ou “semiparlamentarismo” dentro do regime presidencial.

"Isso aqui é usurpação do poder. Ou seja, acabou o presidencialismo. Bolsonaro não manda nada. O Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. O Bolsonaro sequer cuida do orçamento".

“Acabar com essa história de semipresidencialismo, de semiparlamentarismo no regime presidencial. O Bolsonaro parece o bobo da corte, ele não coordena o orçamento”, completou.

Polarização

Lula afirmou que polarização é diferente de "estímulo ao ódio". Ele disse que a polarização é saudável e que nunca tratou os opositores do PSDB, à época, como inimigos.

Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização nesse país era entre PT e PSDB. A gente era adversário político, a gente trocava farpas, mas a gente se encontrava num restaurante e eu não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com o Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou com o Alckmin. Porque a gente não se tratava como inimigo, a gente se tratava como adversário”.

E completou citando o educador Paulo Freire:

Eu utilizei uma frase do Paulo Freire para apresentar o Alckmin aos militantes do PT.'De vez em quando, a gente precisa estar junto com os divergentes para vencer os antagônicos'. E agora, nós precisamos vencer o antagonismo, da ultradireita"


Geraldo Alckmin e Lula oficializando a pré candidatura em abril de 2022. (Foto Reprodução: Ricardo Stuckert)


Alckmin

Lula disse que o ex-tucano foi aceito de “corpo e alma” pelo PT, ao ser questionado sobre a recusa de parte da militância petista em aceitar a escolha do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como seu candidato a vice.

Eu estou até com ciúmes do Alckmin. Você tem que ver que sujeito esperto. Ele fez um discurso no dia 7 de maio, sabe, quando ele foi apresentado oficialmente ao PT, que eu fiquei com inveja. Ele foi aplaudido de pé. Pergunta pra esposa dele pra dona Lu, que anda com a Janja, para ver o como ela está gostando da coisa”. Declarou sorridente, o candidato do PT.

Economia

Lula foi questionado se, caso eleito, as mesmas políticas econômicas utilizadas em seu governo ou as do governo da sua sucessora e aliada, a ex-presidente Dilma Rousseff.

O petista reconheceu erros do governo de sua aliada. Citou a questão de Dilma ter segurado artificialmente os preços da gasolina, e também criticou as desonerações para o setor produtivo concedidas.

"Eu acho que a Dilma se equivocou na questão da gasolina, ela sabe que eu penso sobre isso. Acho que cometeram equívoco na hora que fizeram R$ 540 bilhões de desoneração e isenção fiscal de 2011 a 2014", comentou o ex-presidente.

Quanto ao que pretende fazer caso seja eleito, Lula pontuou:

"A minha obsessão, um homem de 76 anos que diz todo dia que tem energia de 30, de voltar a governar esse país, é porque eu acho que é possível recuperar esse país, a economia voltar a crescer, a gerar empregos, a gerar melhoria nas condições de vida da pessoa".

Foto Destaque: Lula foi o terceiro entrevistado na sabatina do Jornal Nacional (Foto Reprodução: Tv Globo)

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