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EUA divulga avanço na produção de energia limpa baseada em fusão nuclear

Governo dos EUA divulgou, nessa última terça, progresso nos testes que envolvem a produção de energia limpa e inesgotável, a partir de fusão nuclear.

14 Dez 2022 - 11h48 | Atualizado em 14 Dez 2022 - 11h48
EUA divulga avanço na produção de energia limpa baseada em fusão nuclear Lorena Bueri

O anúncio foi feito nessa última terça-feira (13), sendo um marco histórico para a produção de energia limpa e para a comunidade física.

Segundo as informações divulgadas pelo Governo dos Estados Unidos, cientistas conseguiram, pela primeira vez, produzir uma reação com fusão nuclear, com um ganho de energia líquido, ou seja, foi extraído mais do que o oferecido ao sistema. O processo é denominado pelos físicos de "ignição de fusão nuclear". 

Sendo um marco histórico para a produção de energia limpa e para a comunidade física, mesmo que a reação tenha sido em baixa escala, e os resultados práticos ainda demorem a surgir, isso é bastante significativo, por diversos motivos: A fusão nuclear não produz resíduos e poluentes quando realizada em ambientes controlados.

É  o "oposto" da fissão nuclear, utilizada em usinas nucleares, a radioatividade de um reator de fusão pode alcançar níveis seguros em poucas décadas, ao contrário do combustível usado na fissão;  É uma aposta importante frente as mudanças climáticas, já que seria uma fonte inesgotável de energia, não poluente. 

No entanto, ainda precisam ser estudadas as possibilidades de aplicação, alguns cientistas acreditam que levaríamos décadas para produzir um reator nuclear baseado em fusão, que tivesse uma aplicação comercial.


Jennifer Granholm, Secretária de Energia dos EUA, faz o anúncio em uma coletiva de imprensa com representantes da Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL)
(Foto/Reprodução: AP Photo/J. Scott Applewhite / Reprodução / G1)


O feito foi divulgado pela secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, com representantes da Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), um centro de pesquisa em energia nuclear dos EUA. Os envolvidos chamam o acontecido de "grande progresso cientifico em desenvolvimento".

O processo de Fissão, atualmente utilizado pelas usinas, é fácil de controlar, enquanto a fusão é extremamente difícil de ser controlada em laboratório. "A fusão nuclear é o processo que alimenta as estrelas", explica Luis Guimarais, PhD em Fusão Nuclear pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. No caso da Fissão, elementos pesados quebram-se em elementos mais leves. "O desafio tecnológico de fazer um reator de fusão é muitas ordens de grandeza superior ao de fazer um reator de fissão. Estamos a tentar 'recriar o sol numa garrafa', só não sabemos ainda desenhar essa garrafa", compara o físico.

O sucesso da ignição nuclear aconteceu da seguinte maneira: 192 lasers de alta potência foram apontados para um ponto bem pequeno, com o tamanho aproximado de uma pipoca, assim o impacto e a fuão dos átomos gerou 3 megajoules de energia; como apenas 2 MJ foram usados para a tingirem o ponto, foi atingido um ganho de 1 MJ de energia, segundo o National Ignition Facility. Apesar de parecer um feito pequeno, ele é bastante importante porque prova que é possível obter mais ganho do que foi oferecido ao sistema. 

Foto Destaque Reator de fusão nuclear. Reprodução / BBC

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