Moda

Desfile da Chanel na Semana de Moda de Paris possui história de amor por detrás

A coleção de inverno da grife Chanel na Semana de Moda de Paris foi uma ode ao tweed, tecido que remete ao seu romance com o Duque de Westminster na década de 1920.

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15 Mar 2022 - 11h09 | Atualizado em 15 Mar 2022 - 11h09

A grife Chanel apresentou sua coleção de outono-inverno no dia 08/03, último dia da Semana de Moda de Paris, no Grand Palais Éphémère. Idealizado pela diretora-criativa Virginie Viard, o desfile foi uma ode ao tecido, que é uma das assinaturas da maison há um século.


Chanel, outono-inverno 2022 (Foto:Reprodução/ImaxTree) 


Coco Chanel adquiriu paixão pela trama escocesa após se tornar amante do Duque de Westminster, que era o homem mais rico da Inglaterra na época. Os dois se conheceram no Natal de 1923, em Mônaco, onde a parisiense estava de férias com a amiga Vera Bate.

O duque implorou para Vera apresentá-lo a Coco Chanel. A estilista sempre foi fascinada pela aristocracia e por equitação, e tinha uma queda por tudo que era inglês. O interesse foi mútuo.


Chanel, outono-inverno 2022 (Foto:Reprodução/Imax Tree) 


A bordo do seu imenso iate com 15 convidados, Westminster ficou apaixonado por Chanel. Ele começou a enviar presentes para Coco em Paris, como flores, peixes frescos, e cestas de legumes com joias escondidas. Depois, os dois começaram a passar férias juntos.


Coco chanel e o Duque de Westminster em 1924 (Foto: Reprodução/Getty Images) 


Antes das coleções serem apresentadas, o Duque trazia as costureiras da estilista para Eaton Hall, sua propriedade de campo. Edmond Charles-Roux, editora-chefe da Vogue francesa comentou: “De 1926 a 1931, o estilo Chanel foi totalmente inglês”.

Coco começou a frequentar outras propriedades do Duque, mas o lugar mais importante para a relação do casal era a Escócia. A estilista visitou o lugar pela primeira vez em 1925, onde conheceu o tecido escocês tweed.


Chanel, outono-inverno 2022 (Foto:Reprodução/ImaxTree) 


A estilista ficou fascinada pelas jaquetas de caça em tweed do amante. Ela começou a incluir o tecido escocês em suas próprias criações, e em 1926, a Vogue americana publicou ilustrações de modelos Chanel.

Os primeiros modelos de casacos em tweed eram maleáveis e iam até a cintura, combinando com saias de prega. As versões estruturadas, com tweeds mais grossos encomendados em ateliês luxuosos só apareceriam na década de 50.

Em 1928, ela começou a trabalhar com William Linton, fundador da Linton Tweeds, que até hoje fornece tramas para a maison. A tecelagem produzia tweeds leves e em cores suaves, onde Chanel se inspirou para fazer roupas femininas.


Coco Chanel em 1926 (Foto:Reprodução/Getty Images) 


Até 1939, Chanel só usava tweeds da Escócia, pois segundo ela, as lãs eram lavadas menos e eram macias.

O romance terminou em 1930, quando o Duque se casou com a socialite Leolia Ponsonby. Chanel deixou para a moda o legado do tweed, que inspiraram Karl Lagerfeld e continua em alta com Virginie Viard. 

Foto destaque: Desfile Chanel.Reprodução/ImaxTree

 

 

 

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