Saúde

Contraceptivo masculino deve estar disponível em até 12 meses, dizem cientistas

De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Indiano de Tecnologia, os testes finais da injeção contraceptiva masculina – que pode ser revertida – foram concluídos e devem durar, em média, 10 anos.

19 Set 2022 - 15h00 | Atualizado em 19 Set 2022 - 15h00
Contraceptivo masculino deve estar disponível em até 12 meses, dizem cientistas Lorena Bueri

Uma injeção contraceptiva masculina que dura 10 anos – e pode até impedir que os homens passem o HIV aos parceiros – deve estar disponível dentro de um ano, acreditam os especialistas. A técnica chamada Risug (Inibição Reversível do Esperma Sob Controle) cria uma barreira de gel no corpo masculino que impede que o esperma seja capaz de fertilizar um óvulo uma vez que eles passam por ele.

Os testes finais foram concluídos por pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia e especialistas acreditam que a dose pode estar disponível nos próximos 12 meses. Isso ofereceria aos homens uma solução mais simples e menos permanente do que uma vasectomia, segundo os especialistas, ao mesmo tempo em que seria reversível a qualquer momento e menos doloroso que tal procedimento.

No entanto, os pesquisadores que investigam a adoção da contracepção masculina estão preocupados que os homens evitem o procedimento. A Dra. Amanda Wilson, psicóloga de saúde pública da Universidade de Montfort, na Inglaterra, recentemente realizou pesquisas sobre se homens e mulheres achariam a nova vacina aceitável e descobriu que os homens estavam muito hesitantes.

Sua equipe ligou a hesitação a um declínio geral nos homens que optam por vasectomias. Em discurso realizado no Festival Britânico de Ciência (BSF) em Leicester, Wilson disse: "Para uma pílula masculina, ainda estamos olhando entre 30 e 50 anos, mas a Risug é o contraceptivo masculino que está mais perto de chegar ao mercado”, declarou a doutora.


Pesquisa acerca de métodos contraceptivos masculinos. (Foto/Reprodução/Gatech)


De acordo com Wilson, está sendo vista uma diminuição significativa nas vasectomias e isso não é exclusivo do Reino Unido, e que vem acontecendo na maioria dos países de alta renda. "Os cientistas não sabem por que isso está acontecendo. Mas até conseguirmos essa aceitabilidade social da vasectomia globalmente, não haverá tanta aceitabilidade social para a Risug”, comentou.

Wilson falou que é preciso que esses produtos cheguem ao mercado para saber o que as pessoas realmente farão. “Uma coisa é dizer que não vou usar isso ou vou usar hipoteticamente. Eu acho que muito disso aqui vai depender do que os profissionais de saúde estão dispostos a apoiar também", disse.

A Risug trabalha injetando uma quantidade de gel nos tubos pelos quais o esperma passa completamente em seu caminho dos testículos ao pênis. Quando entra em contato com o esperma, ele rompe suas caudas para que sejam incapazes de fertilizar um óvulo, mesmo que o sêmen ainda seja expelido.

A Dra. Wilson disse que o procedimento poderia ajudar as mulheres que lutam com os efeitos secundários ao tomar o comprimido contraceptivo, mas não pode confiar totalmente em seu parceiro para tomar o comprimido. "Acho que as mulheres achariam um benefício real se não tivessem que se preocupar com o parceiro tomando uma pílula", disse ela.

O procedimento leva apenas alguns minutos e é reversível com uma injeção rápida de água e bicarbonato de sódio para expulsar o gel. As experimentações igualmente mostraram que os efeitos secundários são mínimos. Os cientistas também descobriram que a injeção impede que o HIV seja transmitido e pode parar outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Foto destaque: Vacina contraceptiva masculina em desenvolvimento. Reprodução/DRV India

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