Bem Estar

Consumo excessivo de redes sociais e pornografia afetam comportamento sexual

Segundo estudos realizados pela UFSM, a reação neuronal observada em pacientes diagnosticados com vício em pornografia é o mesmo que drogas ilícitas como cocaína e crack.

05 Mar 2022 - 16h00 | Atualizado em 05 Mar 2022 - 16h00
Consumo excessivo de redes sociais e pornografia afetam comportamento sexual Lorena Bueri

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul (RS), aponta que exposição às redes sociais tem reflexo direto no comportamento sexual masculino. Apresentado na última edição do Congresso Brasileiro de Urologia, o estudo foi feito com 131 estudantes de medicina e concluiu que o acesso frequente as redes sociais aumentam o desejo sexual, mas dificulta a chegada ao orgasmo. Quase metade dos entrevistados navegam quatro horas diárias nessas mídias.

Foi avaliado também o consumo de pornografia nesse contexto. Entre os estudantes a exposição está relacionada a altos índices de insatisfação e ejaculação precoce. Segundo o autor do estudo, o urologista Guilherme Motta, existe a tentativa de reprodução do conteúdo consumido, gerando ansiedade no ato sexual e, posteriormente, a incapacidade.

O urologista afirma, “(...) o uso das redes pode aumentar o desejo em função dos estímulos visuais e afetar o orgasmo por dois motivos, a sensação de insegurança com a autoimagem frente à/ao parceira(o) e a frustração diante de de uma expectativa fictícia”. O uso abusivo está relacionado à depressão, ansiedade, estresse e pior a qualidade de vida.


Entrevistados gastam quatro horas diarias em redes sociais. (Foto: Reprodução/ Istock)


Em 2016, pesquisas internacionais estimam que o consumo de material adulto entre os homens chegam entre 50% e 99% e no caso das mulheres a taxa fica entre 30% e 86%. Os dados são parecidos com o Brasil. Estima-se que um em cada dez consumidores de pornografia não consegue interromper o hábito. As mulheres também estão suscetíveis ao vício, no entanto, o número é menor. Elas são cativadas com histórias que evoluem para o sexo, enquanto eles são atraídos por atos sexuais fora de contextos.

A cantora americana, Billie Eilish, de 20 anos, disse em entrevista ao Howard Stern que foi exposta a cenas violentas e abusivas de pornografia aos 11 anos. Eilish afirma que seu cérebro foi "destruído" por assistir a vídeos perturbadores de sexo com tão pouca idade.

Segundo o médico, para diminuir o consumo de redes sociais ou pornografia, como toda forma de vício, a orientação é praticar a abstinência. Tente ficar na companhia de alguém nestes momentos ou substitua uma prática por outra, como fazer exercícios durante o período de dois a seis meses.

 

Foto Destaque: Homens consumem até 50% de material adulto a mais que as mulheres. Divulgação/documentário “Addicted to Porn: Chasing the Cardboard Butterfly”

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