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Consumo excessivo de álcool matou mais de 15 mil brasileiras em 2020

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumentou em 4,25% nos últimos 10 anos. A Organização Mundial da Saúde estima que a ingestão excessiva da substância pode causar mais de 200 doenças

20 Fev 2023 - 15h20 | Atualizado em 20 Fev 2023 - 15h20
Consumo excessivo de álcool matou mais de 15 mil brasileiras em 2020 Lorena Bueri

Dados inéditos do Centro de Informações sobre Álcool e Saúde (Cisa) apontam que 15.490 brasileiras morreram por razões relacionadas ao consumo abusivo de álcool em 2020. De acordo com o estudo, divulgado na última semana, a faixa etária mais afetada foi a de mulheres com 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%).

A pesquisa apontou ainda que as mortes ocorreram principalmente em decorrência de câncer colorretal (7,3%), doenças respiratórias inferiores (8,7%), cirrose hepática (10,4%) e de doença cardíaca hipertensiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode provocar mais de 200 doenças, sendo também associado a problemas de saúde como transtornos mentais e comportamentais, e lesões, incluindo ferimentos resultados de violência e acidentes de trânsito.


A OMS alerta que o uso abusivo do ácool mata mundialmente 3 milhões de pessoas por ano (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


De 2010 a 2020, o consumo excessivo de álcool pelas brasileiras cresceu 4,25% anualmente. De acordo com a socióloga Marina Thibes, coordenadora do Cisa, esse aumento na ingestão de bebidas alcoólicas está relacionado a um aspecto cultural.

“As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante”, afirma. “A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”.

Thibes ainda ressalta que o acúmulo das jornadas de trabalho também contribui para que as brasileiras aumentem a ingestão da substância.

“O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hastag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”.

Para as mulheres, o uso nocivo de bebidas alcoólicas caracteriza-se pelo consumo de quatro ou mais doses no mesmo dia. Já em relação aos homens, a ingestão deve chegar a cinco ou mais doses dentro do mesmo período. O Cisa considera que uma dose padrão corresponde a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou a 45 ml de destilado, cujo teor alcoólico aproxima-se de 40%.

Foto Destaque: Mulheres em um Bar -  Reprodução/Pexels.com

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