Uma equipe de pesquisadores do Francis Crick Institute, em Londres, chegou à conclusão que, ao contrário do que se acreditava anteriormente, nem sempre o câncer advinha exclusivamente de mutações no DNA, e sim que pode ter raízes na poluição do ar, o que pode revolucionar o tratamento da doença.
Anteriormente, o surgimento do câncer era compreendido como uma mutação nos códigos genéticos de células saudáveis, que a fazia atingir um ponto de inflexão, transformando-a em um tumor cancerígeno.
No entanto, com os resultados dessa pesquisa revolucionária, essa perspectiva pode mudar, segundo a ideia, as células já possuem danos anteriores que precisam de agentes externos que funcionam como “gatilhos” para que eles se desenvolvam e se tornem cânceres.
Células com danos pré-existentes podem ser ativadas por fatores externos como apoluição do ar, mesmo em pessoas que não têm o hábito de fumar (Foto: Reprodução/Significados)
Os pesquisadores concluíram que algumas partículas chegam a serem mais finas do que fios de cabelos humanos e que podem afetar as células de forma a desenvolver um câncer malígno, dessa forma, locais com altos níveis de poluição podem ser potencializadores para o surgimento do câncer, mesmo em pessoas que não têm o hábito de fumar.
Aos 50 anos de idade cerca de 600.000 células já possuem alterações que podem vir a se desenvolver e se transformar em um câncer.
Os resultados do estudo também ajudam a compreender melhor como pessoas que nunca fumaram desenvolveram câncer no pulmão, as causas podem estar ligadas à qualidade do ar do ambiente em que ela vive.
Foto Destaque: Poluição do ar pode ser fator crucial para o desenvolvimento de tumores cancerígenos (Foto: Reprodução/Portal Macaúba)