Saúde

Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam

A OMS estima que os sintomas da covid longa prolongam três meses após a infecção. A participação da Ômicron na covid longa ainda é uma interrogação, pois poucos estudos foram concluídos desde sua identificação em novembro.

12 Fev 2022 - 17h24 | Atualizado em 12 Fev 2022 - 17h24
Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam Lorena Bueri

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada cinco infectados pela Covid-19, um apresenta sintomas depois de se recuperar da fase aguda. A organização estima que  os sintomas da covid longa se prolongam em até três meses após a infecção. Entre os médicos e cientistas, os efeitos da infecção pelo Sars-Cov-2 ainda são cheios de incertezas.

Nicole Oliveira contraiu o vírus em dezembro do ano passado, demonstrando sintomas parecidos com os de gripe e se recuperou em casa. Dois meses depois de curada, a jovem apresenta fraqueza e está em busca de neurologistas e necessita fazer alguns exames. “Entrei na covid com 29 anos e estou saindo com 59. Não me reconheço no meu corpo”, diz Nicole. A variante Ômicron aumentou o número das infecções e gera alerta para novos pacientes que apresentam sintomas prolongados.

Vacinada com as duas doses, Nicole, de 29 anos, afirma ter crises de ansiedade e dificuldade para pegar o trem para o trabalho. “Tenho uma fraqueza absurda e muita tremedeira, tontura e enxaqueca”, afirma Nicole.

As reclamações mais recorrente nos consultórios são fraqueza, perda de memória e dificuldade de concentração. A gerente médica dos serviços de reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein, Milene Ferreira acrescenta, “causa impacto em ações de maior complexidade, como fazer transação bancária ou tomar decisões no trabalho”.


OMS estima que  os sintomas da covid longa prolongam três meses após a infecção. (Foto: Reprodução/ Reuters) 


O médico Regis Rosa, pesquisador do tema pelo Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS aponta que “é plausível que a nova onda com a Ômicron aumente bastante o número de pessoas com covid longa. Mesmo que a pandemia acabe, vamos ficar com milhões de pessoas com sequela”. Em São Paulo, 27,2 mil pacientes continuam sendo acompanhados após internação segundo a Prefeitura. Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Existem registros comprovando sintomas físicos e mentais após um ano de internação.

Uma pesquisa realizada em Israel, com 3 mil participantes, chegou a conclusão que pessoas vacinas que contraíram o vírus relataram menos dores de cabeça e musculares após a infecção em comparação aos que não se vacinaram. O motivo para isso é o tempo de resposta ao vírus, direcionando a resposta imune para atacar o vírus e não outras partes do corpo.

A participação da Ômicron na covid longa ainda é uma interrogação, pois poucos estudos foram concluídos desde sua identificação em novembro. Os médicos da linha de frente relatam que algumas queixas mudaram como: a perda de olfato e formigamentos nas mãos, poupando o sistema nervoso periférico.

Segundo o governo de São Paulo, os pacientes com sequelas da covid são encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde. (UBS). Já os casos mais severos são encaminhados para os centros especializados. Em nota, o Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, ampliou a capacidade de serviços da Rede de Cuidados à Pessoas com Deficiência, no total de 268 centros especializados em reabilitação e 47 oficinas ortopédicas.

 

Foto Destaque: Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Reprodução/Mario Tama/ Getty Images

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