Saúde

Cannabis medicinal auxilia no tratamento de esclerose múltipla

A cada cinco minutos uma pessoa é diagnosticada com esclerose múltipla no mundo; uma doença silenciosa e de difícil percepção, ao qual, a cannabis medicinal é um auxiliar no tratamento

30 Mai 2022 - 10h54 | Atualizado em 30 Mai 2022 - 10h54
Cannabis medicinal auxilia no tratamento de esclerose múltipla  Lorena Bueri

Em setembro de 2020, a MSIF (Federação Internacional de Esclerose Múltipla) divulgou através do Atlas da Esclerose Múltipla um dado alarmante, onde, a cada cinco minutos, uma pessoa recebe o diagnóstico de Esclerose Múltipla no mundo. Essa doença no Brasil atinge cerca de 40 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde. 

Essa condição pode demorar a ser diagnosticada, tendo uma evolução que pode comprometer o sistema nervoso central, e, em alguns casos, de maneira irrecuperável. 

Como medida de conscientização e uma forma de compartilhar informações sobre a doença, a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, em 2009, decidiu que o dia 30 de maio seria o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. 


CBD é utilizado no tratamento de esclerose múltipla (Foto: Reprodução/Dr. Cannabis)


Os sintomas iniciais são difíceis de serem percebidos por um espectador externo; mas, conforme o passar do tempo, algumas sequelas neurológicas podem surgir. De acordo com a AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), através de uma divulgação recente dos dados, revelou que a fadiga é o sintoma mais prejudicial a saúde e qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com a doença, atingindo cerca de 74%. Um pouco abaixo, com um representação de 42%, fica a concentração; problemas cognitivos, com 37%; dificuldade para caminhar afeta 35% dessa população, assim como problemas de desequilíbrio e tendência a quedas; problemas sexuais e urinários atingem 24% do grupo. 

Por outro lado, é válido ressaltar o surgimento de novos fármacos e terapias para auxiliar no tratamento e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. A cannabis medicinal, por exemplo, vem sendo uma aliada nesse processo, e a EM (Esclerose Múltipla) foi uma das primeiras doenças a ter a liberação da cannabis para o tratamento do paciente. Isso ocorre, pois, o Canabidiol (CBD) possui propriedades anti-inflamatórias e anticonvulsivas; já o Tetrahidrocanabidiol (THC) possui o efeito de analgésico, estimulante de apetite e antidepressivo. Unificando os compostos, eles combatem a fadiga, náuseas, dores neuropáticas e enjoos. 

 

Foto Destaque: Cannabis medicinal. Reprodução/O Hoje.

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