A partir do dia 1º de outubro, cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão serão novamente obrigados a tirarem o visto de turista para entrar no Brasil. Desde junho de 2019, eles estão isentos dessa autorização por um decreto feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão ocorreu após consultas do governo Lula a esses quatro países sobre a possibilidade isentar os cidadãos brasileiros de vistos, em respeito ao princípio da reciprocidade, um conceito do Direito Internacional do qual estabelece que os países devem ser tratados igualmente.
Na noite da última segunda-feira (13) o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “O Brasil não concede isenção unilateral de vistos de visita.”
Aviões. (Foto: Reprodução/Melhores Destinos)
Ao reverter a isenção, o Governo avaliou que o impacto da retomada deverá ser pequeno e usou como evidência os “dados de fluxo de entrada” de pessoas desses países desde o ano 2019.
O ingresso de turistas dos Estados Unidos registrou alguns picos no Brasil após a isenção do visto, mas o aumento não foi muito maior que antes dessa medida vigorar, De acordo com números da Polícia Federal enviados ao portal g1.
Em dezembro de 2019, já sob a isenção, 36.615 norte-americanos entraram no país. Foi o segundo maior número da série começa no ano de 2017 e foi até fevereiro deste ano.
Este número foi superado somente em dezembro de 2022, quando 37.376 turistas dos Estados Unidos chegaram. Mas esses dois números não estão muito acima de outro pico do qual foi registrado em dezembro de 2021, quando o visto era exigido e 31.301 norte-americanos vieram ao Brasil para turismo.
De forma geral, a queda maior no gráfico é de março de 2020, com a pandemia do Corona Vírus. Até o momento, Austrália, Canadá e Japão não retomaram os níveis de ingresso pré-pandemia. Somente os EUA, que são a segunda maior origem de turistas no Brasil.
Foto Destaque: Saguão do aeroporto. Reprodução/Agência Brasil
