Baiana, 29 anos, referência em sua modalidade, considerada uma das melhores atletas em águas abertas do mundo, Ana Marcela realiza sonho – quem vem desde Pequim 2008 – de ser medalhista e campeã olímpica na noite desta terça-feira, em Tóquio.
Em prova de 10 km, Ana esteve a todo o momento brigando nas primeiras posições, liderando em alguns momentos, inclusive na parte final, disputando braçada a braçada a liderança do grupo. Esse foi o primeiro ouro conquistado pelo Brasil na modalidade, porém é a segunda medalha em sequência, já que Poliana Okimoto havia conquistado o bronze na última olimpíada, no Rio de Janeiro. Essa foi a 15ª medalha do Brasil em Tóquio.
Ana Marcela durante prova dos 10 km, Tóquio 2020. (Foto: Reprodução/Correio Braziliense)
Com apenas 16 anos, em 2008, Pequim, Ana estreou – assim como a própria modalidade, na ocasião – sua participação nos jogos olímpicos e acabou em quinto lugar. Em 2011, competiu em uma prova do campeonato mundial, da mesma distancia desta que acabou de conquistar, e terminou na 11ª posição, que custou a sua ida para Londres, em 2012. Em 2016, apesar de chegar com uma das favoritas, por ser tricampeã mundial, infelizmente ficou com 10º lugar. A frustração não se perpetuou e Marcela seguiu conquistando títulos atrás de títulos, chegando em 2019 e garantindo sua vaga para os jogos olímpicos de Tóquio após ficar em quinto na prova dos 10 km e vencendo as de 5 km e 25 km no Mundial, na Coréia do Sul.
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Ana Marcela tinha tudo para chegar no Japão e fazer história, e foi isso que fez. Uma vitória de um jeito que retrata exatamente quem é a atleta: na, força, velocidade e persistência. “Falei para o Fernando (treinador) que, para ganhar de mim, teria que nadar muito. Eu sabia como estava preparada. Assim como estava em Kazan, onde eu deitei e rolei. Aqui fiz igual. Fiz minha prova e aquilo que aprendi, que é ser feliz. Fui muito feliz”, celebra a baiana.
Foto destaque: Reprodução/Esportes R7