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Anvisa aprova injeção contra a obesidade: medicamento pode chegar a R$ 7 mil no Brasil

A Anvisa aprovou a injeção contra a obesidade. Estipulado um valor, o medicamento pode chegar a R$ 7 mil no Brasil, mas ainda não é confirmado, assim como a data de início das vendas.

04 Jan 2023 - 21h22 | Atualizado em 04 Jan 2023 - 21h22
Anvisa aprova injeção contra a obesidade: medicamento pode chegar a R$ 7 mil no Brasil Lorena Bueri

Foi aprovada esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a primeira injeção contra a obesidade. O medicamento é chamado de “Semaglutida”, mas com nome comercial de “Wegovy”, é indicado a partir de uma aplicação semanal para o tratamento de adultos que possuem sobrepeso e obesidade. 

Após a aprovação, o assunto tomou conta das redes sociais, um dos principais questionamentos é “qual o valor?” e aqui a gente responde! O valor de tabela do Wegovy nos Estados Unidos, local no qual o medicamento já é comercializado e aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), custa US$ 1.349, que equivale a cerca de R$ 7 mil.

O fabricante nacional, Novo Nordisk, afirma que não há estimativa de preço do Wegovy no país “ainda visto que o mesmo está em definição pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos”. O medicamento será importado para o Brasil, pois a farmacêutica produzirá o medicamento em suas plantas industriais em outro país.

De acordo com a empresa, a aprovação pela Anvisa é o primeiro passo para o lançamento do medicamento no país, mas ainda não foi definida uma data para que o mesmo chegue ao mercado.

Após a análise de conformidade pela Anvisa, deve-se aguardar a finalização de outros processos, como a definição de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e mesmo logísticos”, afirma a Novo Nordisk.

O Ministério da Saúde ainda não se manifestou publicamente sobre a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Tratamento complementar

Segundo a Anvisa, a semaglutida é complementar e gera resultados com o acompanhamento de uma dieta hipocalórica e exercício físico aumentado para controle de peso, incluindo perda e manutenção de peso. 


Anvisa aprova injeção contra a obesidade: medicamento pode chegar a R$ 7 mil no Brasil 

(Foto: Reprodução/Arquivo/Agência Brasil/Brasil de Fato)


O uso do medicamento só é recomendado é para pessoas adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) inicial de: ≥ 30 kg/m2 (obesidade), ou ≥ 27 kg/m2 a < 30 kg/m2 (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade, como por exemplo, disglicemia, pré-diabetes ou diabetes tipo 2, hipertensão, anomalias nos níveis de lipídios no sangue, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.

O medicamento tem posologia inicial de 0,25mg, uma vez por semana e deve ser ajustado gradualmente ao longo de um período de 16 semanas, até que chegue a dose de manutenção recomendada de 2,4mg uma vez por semana. A molécula induz a perda de peso, reduz a fome, aumenta a sensação de saciedade, contribuindo para que o indivíduo coma menos e, consequentemente, reduza a ingestão calórica. 

É importante lembrar que para realizar todo esse procedimento, o paciente deve ter acompanhamento médico especializado. 

Autorização da Anvisa

A autorização da Anvisa teve como base resultados do programa de ensaios clínicos STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity), no qual foi revelado que pacientes que utilizaram a semaglutida (2,4mg) conseguiram uma perda de peso corporal média de 17%, em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo (que não receberam a susbtância). Os resultados foram publicados no periódico científico JAMA.

O estudo apontou ainda que, um em cada três pacientes perdeu 20% do peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do Wegovy, contra 31,1% para placebo.

Outro ponto importante, é a melhora dos índices cardiometabólicos, como redução da circunferência abdominal, hemoglobina glicada, triglicérides e pressão arterial.

Mudança de hábito em prol da saúde 

Em fala, o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Miranda, destacou que a terapia farmacológica deve ter como princípio mudanças de hábitos de vida e acompanhamento médico endocrinológico e de equipe multidisciplinar.

O objetivo é que todo o processo de tratamento e controle das comorbidades dos pacientes seja atendida, gerando ganhos de saúde e preservação, com melhoria global do estado geral do paciente e não apenas como a visão numérica de perda de peso ou mesmo estética”, destaca.

Segundo dados da World Obesity Federation, no Brasil, a expectativa é que 29 milhões de mulheres, 21 milhões de homens e 7,7 milhões de crianças tenham obesidade até 2030, representando cerca de 30% da população. Atualmente, aproximadamente 100 milhões de pessoas podem ter sobrepeso e 41 milhões convivem com a obesidade no país. 

Ainda segundo a federação, existem 764 milhões de pessoas obesas no mundo. O documento aponta que, até 2030, uma em cada 5 mulheres e um em cada 7 homens terão obesidade, chegando a 1 bilhão de pessoas com obesidade globalmente.

Doença?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Por isso são recomendadas medidas para combater a obesidade aderindo a um estilo de vida saudável, alimentação adequada e atividade física regular. Pois hábitos como esse devem ser iniciados já na infância, pois uma criança obesa tem mais chance de manter o peso elevado na fase adulta, o que pode causar maiores problemas de saúde. 

 

Foto Destaque: Anvisa aprova injeção contra a obesidade: medicamento pode chegar a R$ 7 mil no Brasil/Foto: Reprodução/Shutterstock/Diário do Nordeste

 

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