A Juventus de Turim ou Vechia Signora, como a torcida a chama com carinho, está em crise.
Um dos clubes mais antigos do futebol mundial, 125 anos de fundação, detentora de 36 scudettos italianos e 14 vezes campeã da Copa da Itália, sofre com decisões erradas e erros financeiros. A crise começou a se instalar no começo de 2020, com a chegada da pandemia e o fechamento dos estádios, no mundo. Apesar de sua estrutura profissional, proprietária de uma arena fantástica, o Juventus Stadium, e deter a quarta melhor campanha européia, com 11 conquistas internacionais pela UEFA e FIFA, a Juve vem há pelo menos cinco anos, estampando as manchetes policiais italianas.
O pivô dos problemas envolvendo má gestão são Andrea Agnelli, herdeiro da família Fiat, uma das fundadoras do clube e sua diretoria com Arrivabene e Nedved. O tradicional clube de Turim passou à condição de investigado, no primeiro trimestre de 2022, sob acusação de fraude, em transferências suspeitas de 2018 a 2021. Das sessenta e duas transferências suspeitas, o clube foi responsável por quarenta e duas. Nesse inquérito, a Juventus foi absolvida, mas as marcas ficaram.
Camisa da Juventus de Turim edição 2022/2023. Fonte/Reprodução Trivela
Em novembro de 2022, com o desgaste, toda a diretoria colocou seus cargos à disposição do Conselho do clube. Com o movimento, as ações da Juventus despencaram na Bolsa de Milão. Ainda pesa sobre os ex gestores, uma ação promovida pela administração de Turim, por contabilidade criativa, caixa 2 e fraude envolvendo negociações de atletas. Sob pressão da holding Exor, que administra o clube, foi convocado nova diretoria, que ainda encara desafios, deixados pela herança ruim do passado.
Todo esse movimento ocorre, exatos dezesseis anos do escândalo envolvendo pagamento de propina aos árbitros, influindo em resultados manipulados nas grifes das bolsas de apostas.
Foto Destaque antiga diretoria da Juventus de Turim provoca crise no clube em 2023. Fonte/Reprodução Placar