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78% das crianças Yanomami saíram da desnutrição grave, após monitoramento médico

As crianças seguem sendo acompanhadas pela Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista (RR). A idade delas varia entre seis meses e cinco anos.

15 Fev 2023 - 16h20 | Atualizado em 15 Fev 2023 - 16h20
78% das crianças Yanomami saíram da desnutrição grave, após monitoramento médico Lorena Bueri

As crianças da tribo Yanomami que foram encontradas com alto grau de desnutrição e são, atualmente, acompanhadas pela Casa de Apoio á Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista (RR), já ganharam peso.


Crianças Yanomami (Foto: Reprodução/BBC)


O resultado positivo foi divulgado na última terça-feira (14) e inclui 78% dos internados. Ao todo, são 14 dos 19 curumis (nome pelo qual as crianças da etnia são chamadas pelas equipes de saúde). Todos têm entre seis meses e cinco anos de idade e seguem evoluindo do estágio grave de desnutrição, para o moderado.

Mesmo sendo apenas uma pequena parcela da população total de crianças desnutridas, é um sinal positivo de que o empenho das equipes de saúde e as estratégias adotadas, até o momento, funcionam e podem ser replicadas.

Mariana Madruga, integrante do grupo de trabalho e de nutrição do COE-Yanomami explica qual será o próximo passo, a partir de agora.

“A avaliação é positiva tendo em vista que esse número de crianças que foram acompanhadas conseguiu ganhar peso nesse pouco tempo utilizando os protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde para tratamento com as fórmulas. O próximo passo é ampliar esse tratamento para que possamos fazer a recuperação na Casai nos polos-base”, explica.

Duas decisões foram centrais para o sucesso dessa primeira batalha frente à desnutrição infantil gravíssima: A escolha pela suplementação com a fórmula preconizada pelo Ministério da Saúde, seguindo as diretrizes nacionais do SUS e o acompanhamento permanente dos pacientes dentro das instalações da Casai.

“Felizmente a gente conta também com o apoio de antropólogos que auxiliaram nos procedimentos necessários para atender essas crianças dentro do Casai. A adesão ao tratamento é um desafio considerando que (o uso desse tipo de alimento) não é parte da cultura deles, isso é desafiador. Mas as equipes fizeram a busca ativa dentro da Casai para que as fórmulas fossem administradas adequadamente dentro dos intervalos, algumas de três em três horas e outras de quatro em quatro horas. Tem sido um desafio, mas a gente já tem bons resultados no aumento de peso dessas crianças menores de cinco anos”, Concluiu Madruga.

A próxima etapa é a ampliação do tratamento infantil na Casai, evitando remoções para quem puder ser atendido dentro do território Yanomami. Isso deve acontecer de maneira gradual conforme sejam ampliados os quantitativos de profissionais. Os quadros gravíssimos seguem sendo atendidos nos hospitais de referência da região.

Foto destaque: Crianças Yanomami. Reprodução/BBC

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