Isabelle Nogueira, 31 anos, é natural do Amazonas e formada em Letras. Antes de se tornar influenciadora digital e dançarina, Isabelle ficou conhecida por sua paixão pela cultura local de Parintins-Amazonas e seu talento como a Cunhã-Poranga do Boi Garantido no renomado Festival Folclórico de Parintins, um dos maiores eventos culturais do mundo. Isabelle é Cunhã-Poranga neste festival há 11 anos.
Isabelle conquistou ainda mais visibilidade ao integrar o grupo 'Pipoca' na 24ª temporada do Big Brother Brasil. Sua participação no reality show trouxe à tona sua dedicação às causas sociais, ambientais e culturais, destacando-se como uma defensora ativa dos direitos dos povos indígenas e da preservação ambiental.
A ex-sister foi uma das finalistas mais queridas do programa de maior audiência da TV brasileira. Após a participação na atração global, Isabelle recebeu, da prefeitura de Parintins, o título de Embaixadora do Festival Folclórico de Parintins.
Com uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação e a cultura, ela utiliza suas plataformas digitais para promover a riqueza cultural da Amazônia e sensibilizar seus seguidores sobre a importância de valorizar e proteger as tradições indígenas. Seu trabalho como influenciadora digital e dançarina tem sido uma ponte vital para conectar a cultura amazônica a um público mais amplo, inspirando muitos a se engajarem em causas culturais e sustentáveis. Em entrevista exclusiva, Isabelle abriu o coração, confira:
Photo: @itamazzutti
Expectativas de seguir a minha carreira artística como apresentadora…
1- O que o Big Brother Brasil trouxe de positivo na sua carreira?
Com certeza muito mais visibilidade, expectativas de seguir a minha carreira artística como apresentadora e até mesmo oficinas para aperfeiçoar aquilo que eu já executava em Manaus diante de câmeras. Então com certeza o Big Brother, me trouxe esse lado positivo na minha carreira.
2- E o que o programa trouxe que você possa considerar negativo?
Olha, eu saí do programa extremamente, amada, acolhida, ovacionada. Não existe algo que ele me trouxe de negativo, mas quando eu saí do programa eu tive algumas crises de gastrite, nervosa. Eu acho que isso pode ser uma extensão do jogo, eu acho. Então pode ser que isso possa ter sido do lado negativo. Acho que só isso, pois 99% das coisas vindas, foram ótimas.
Amor pela minha cultura, pelo meu povo
3- Sua participação fez com que muitas pessoas buscassem entender mais sobre o Festival Folclórico de Parintins. Como você se sente por saber que impulsionou essa curiosidade nos demais lugares do país?
Eu me sinto muito lisonjeada em ter sido escolhida por Deus para representar o meu povo. Eu me sinto uma vitoriosa porque é como se essa guerra tivesse sido vencida, de levar o nome do meu povo e da minha cultura de forma construtiva para o país. E nós vencemos, pois hoje temos uma visibilidade e um espaço diante dessa massa multicultural que é o Brasil que nós não tínhamos antigamente. Até porque os olhos não se voltavam tanto para o norte, principalmente para o Amazonas e hoje, o cenário está mudado e mudando a cada momento. Então eu fico muito lisonjeada, grata, honrada e acho que só reverberou aquilo que o meu coração tem, que é amor pela minha cultura, pelo meu povo.
Photo: @itamazzutti
Eu quis logo de início e ele não…
4- De início você relutou para assumir o romance com o Matheus e hoje vocês estão aí firmes. Como está sendo essa conexão entre vocês dois?
No princípio, logo quando a gente saiu do Big Brother, eu quis logo de início e ele não. Então ele foi para terra dele, eu fui para minha. Ele pediu um espaço de tempo, falou que era para ir para a minha terra e tal, e ele para dele, e que a gente ia começar no meio do caminho. E depois ele me procurou querendo esse encontro, essa conversa. Hoje, realmente parece que o destino uniu a gente, a gente tá se conhecendo a cada dia que passa mais aqui fora, porque não tínhamos convivência de casal lá dentro, né? Então a gente tá realmente se conhecendo a cada dia mais aqui fora, mesmo morando junto. E assim, né?
5- O público pode esperar um passo mais sério na relação de vocês? Um noivado, talvez?
Acho que todo casal que está junto, que começa a namorar, tem expectativa de ter um casamento, não digo nem só de noivado, porque tendo em vista a pessoa incrível que ele é, eu realmente acredito que, ajustando alguns pontos, se aliando, ajustando até mesmo as nossas viagens, a nossa convivência que correria dia a dia, um casamento pode acontecer. Acredito que não agora, porque estamos, cada um, focando muito na sua carreira, aproveitando as oportunidades incríveis que Deus está nos dando. O casamento requer dedicação e atenção, e essa atenção e dedicação que o casamento requer, nesse momento, por exemplo, não seria possível, devido aos nossos compromissos de trabalho. Então, realmente, acredito que vamos começar por um ponto lá na frente.
Grata, honrada e surpresa…
6- Isa, conta para gente como você recebeu o convite para desfilar na Grande Rio e como está sendo esse preparativo?
Eu recebi o convite no mês de junho, na época do Festival Folclórico de Parintins. Eu fiquei muito grata, honrada e surpresa porque o convite veio através, praticamente, através das redes sociais, já da publicação enfatizada. Eu já havia aceitado, mas não tinha conversado diretamente com a diretoria, mas eles entenderam o meu interesse, então, já foram logo publicar, enfatizar essa união. E eu fiquei muito feliz, me senti muito acolhida pela família Grande Rio. Fui na escola, participei do primeiro ensaio, foi muito lindo, a comunidade me acolheu demais, me senti muito feliz e abraçada, me diverti muito. A cada dia que passa eu estou aprendendo mais sobre o Carnaval, eu estou vivendo, de fato, um intercâmbio cultural entre O festival folclórico dos Parintins e o carnaval, então eu tô aprendendo muito.
Confesso que há muitas coisas diferentes, até mesmo, por exemplo, dança, né!? Dancei a vida toda com os pés no chão, porque a nossa dança ela tem uma inserção de movimentos indígenas, então é uma dança sem sapato, e o carnaval não, bem se sabe que é com salto alto, então para mim é muito novo estar dançando de salto, tô aprendendo e tô amando.
Photo: @itamazzutti
7- Qual a sensação de representar suas raízes e a cultura do seu povo?
É uma sensação de poder explanar para o Brasil e para o mundo o que eu vivo desde a minha infância. Eu vivo isso desde a barriga da minha mãe. Eu vivo uma herança familiar. Eu fico muito grata, muito feliz. É uma responsabilidade muito grande. O funcionamento, a credibilidade. Porque eu represento um povo, uma nação.
8- Recentemente você realizou sua primeira viagem a Nova York, como foi para você conhecer outras culturas e outros lugares?
Nossa, foi a minha primeira vez em Nova York. Essa cidade que o mundo todo sempre fala, que muitas pessoas sonham em conhecer, que muitas pessoas amam ir para passar férias. Foi muito lindo, foi muito legal, fiquei muito feliz. Eu fui para participar da Semana da Amazônia, para participar de um debate, de um momento de conversa, para falar sobre a Amazônia criativa, de povos que trabalham em função da Amazônia, para montar ela em pé e também de artistas que fazem parte desse movimento como eu. Fiquei muito grata com o convite, muito honrada, lisonjeada e foi muito divertida, sem dúvidas é uma cidade que não para, é uma São Paulo, assim, dez vezes mais, que não para.
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Ela vive num lugar digno e confortável…
9- Quais são seus planos para o futuro? Há algum projeto pela frente?
Vários projetos e vários planos, mas alguns já concretizados. Por exemplo, um dos meus sonhos antes de entrar no Big Brother, era tirar a minha mãe do aluguel. E graças a Deus, esse sonho já foi concretizado. Assim que saí do programa, já busquei logo um lugar para ela, consegui tirar ela do aluguel. Hoje ela vive num lugar digno e confortável. Em breve, eu mesma vou comprar minha casa própria, também já é um projeto que eu já tô fazendo aí, mas eu compartilho com vocês mais na frente. Sobre a minha carreira, eu estou estudando muito, me preparando para fazer alguns testes. Quero seguir com a minha carreira de apresentadora, gosto muito do povo, do público. Eu imagino e creio que vai se realizar um programa com auditório, com um povão brasileiro, multicultural, culturas, artistas, é tudo que eu quero, se Deus quiser, vai acontecer.
10- Para finalizar, se você pudesse se resumir em uma frase, qual frase seria?
Mulher amazônida com muito orgulho. Uma coisa que eu tenho é orgulho. Orgulho da minha raiz e da minha ancestralidade. Acho que essa frase me representa muito.
Foto: @itamazzutti
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Entrevista por Patrick Machado