Seguro garantia ajuda a prevenir prejuízos em obras

Essa categoria de seguro pode ser acionada para cobrir danos causados pelo não cumprimento do que foi estabelecido em contrato, como imprevistos ligados à falência da empresa responsável pelo projeto, atrasos ou erros na obra
04 Nov 2024 - 12h42 | Atualizado em 04 Nov 2024 - 12h42
Seguro garantia ajuda a prevenir prejuízos em obras

Para evitar grandes prejuízos em obras e projetos, é comum que o poder público e também a iniciativa privada contratem um seguro garantia. A modalidade é vista como uma forma de proporcionar proteção e evitar o impacto de imprevistos.

É o caso, por exemplo, de um governo estadual que fecha o contrato com uma empresa que ficará responsável por construir uma rodovia. No entanto, com as obras já em andamento, a prestadora vai à falência e o projeto acaba interrompido.  O seguro garantia é, então, acionado no intuito de cobrir o prejuízo causado pela paralisação até que uma outra construtora termine a rodovia.

“O papel do seguro garantia em um contrato de obras, seja na área pública ou privada, é fundamental para o fiel cumprimento das obrigações contratadas, como em relação aos prazos, às etapas e demais especificações”, afirma Gabriela Heinen, advogada e analista jurídico comercial sênior da corretora Genebra Seguros.

De acordo com a especialista, há algumas diferenças entre a contratação do seguro garantia para obras públicas e privadas. Ela cita especificamente o limite de percentual que é coberto caso o seguro seja acionado: “5% a 10% nas obras públicas, de acordo com a Lei nº 14.133/2021, e 30% nas obras privadas, conforme a política de crédito das seguradoras.”

Além de atrasos ou falência da empresa prestadora do serviço, o seguro garantia também pode ser acionado em casos de erros na obra, bem como manutenção ou correção após a execução, diz Heinen.

Entre 2022 e 2023, a demanda por seguro garantia no Brasil teve crescimento de 24,3%, com uma arrecadação de R$ 4,3 bilhões. É o que informa um comunicado da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) ? a entidade prevê também que o bom desempenho irá se repetir em 2024. 

“Trata-se de um mercado em alta expansão diante dos investimentos em infraestrutura fomentada pelos contratos públicos, e pela facilidade mercadológica do produto com grandes e novos players a cada momento, com muita competitividade de taxas e condições contratuais digitais e automatizadas no processo”, resume Heinen.

Para saber mais, basta acessar: https://www.genebraseguros.com.br/