Estratégias de memorização ajudam na hora do ENEM

Renato Alves, especialista em memorização, traz dicas para acessar informações no cérebro que podem ajudar os estudantes a terem um bom desempenho no exame
22 Out 2024 - 13h10 | Atualizado em 22 Out 2024 - 13h10
Estratégias de memorização ajudam na hora do ENEM

A data do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) se aproxima e muitos jovens procuram diversas formas de manter o conteúdo, que estudaram durante os últimos anos, fresco na memória para serem aplicados durante a prova. Mais de cinco milhões de pessoas irão realizar a prova no dia 10 de novembro, batendo o recorde dos anos anteriores.

Reunindo perguntas de todas as matérias, a pergunta que pode vir à mente de muitos estudantes é: como é possível reunir tantas informações de uma só vez? Uma das técnicas mais aplicadas para obter resultados satisfatórios pode ser a memorização.

Para entender como esse processo se torna uma peça chave para alcançar boas notas, primeiramente é preciso entender como o cérebro funciona ao receber novas informações. De acordo com Renato Alves, especialista em memorização que detém o título de Melhor Memória do Brasil pelo Rank Brasil, apesar de ser bastante complexa, a formação da memória passa por três estágios: seleção, consolidação e recordação.

“Assim que recebemos uma série de novos conteúdos, a nossa mente cria uma rede neural para poder fazer com que os impulsos elétricos a torne ativa. Uma das formas de aumentar as chances de sucesso na memorização é a repetição, que cria uma espécie de reforço nessa área que está repleta de atividades”, explica. 

Hacks do para melhorar a memorização

Porém, mesmo quando o aluno se dedica profundamente aos estudos, um grande vilão pode chegar a atrapalhar o seu rendimento justamente na hora em que a prova já está em mãos. O especialista comenta que o famoso “branco” assombra alunos de todas as idades e está relacionado a um problema emocional e não necessariamente a uma dificuldade em reter os conteúdos.

“É possível sim driblar esse sentimento nos exames. Quando o estudante não consegue lembrar bem do que aprendeu, pode acabar tendo uma fixação que se apaga rapidamente. Isso pode gerar um certo medo de não se sair bem na prova, levando à ansiedade. Por isso, as técnicas de memorização são aliadas dos estudantes que buscam alta performance. Elas ajudam a guardar textos, números, fórmulas e todo tipo de informação necessária para enfrentar uma prova tão desafiadora como a do ENEM”, afirma Alves. 

De acordo com o especialista, algumas atitudes podem prejudicar a formação da rede neural, como por exemplo o cansaço excessivo e a falta de horas de sono, principalmente em sono REM, que é o estágio de sono profundo em que o cérebro consegue otimizar melhor o que aprendeu durante o dia. 

“A memória  também precisa de descanso; quando ela se cansa, fica mais difícil reter novas informações. Por isso, é fundamental selecionar bem as matérias e criar um cronograma de estudos inteligente, incluindo momentos para revisões. Durante os estudos, é essencial estar totalmente focado e em um ambiente propício para absorver todo esse conhecimento. Assim, sem distrações e com a mente afiada, será muito mais fácil aprender tudo o que precisa”, conta Renato Alves.

Apesar de a tecnologia ser um grande aliado na hora dos estudos, permitindo que o acesso a materiais globais ajudem no processo de aprendizagem, o uso excessivo da internet também pode prejudicar a fixação da memória.

Segundo dados do artigo The “online brain”: how the Internet may be changing our cognition (“O ‘cérebro online’: como a Internet pode estar a mudar a nossa cognição”, em português), publicado no jornal World Psychiatry, o uso excessivo de redes sociais pode gerar mudanças cerebrais agudas nas áreas cognitivas.

Uma dica dada por Renato Alves é utilizar no celular alguns aplicativos que permitem contabilizar e restringir o acesso às redes sociais a algumas horas do dia. “Com este controle, um cronograma de estudos e de liberação de tensão pode ser interessante e saudável para os dias que antecedem o ENEM”. 

Cronograma ideal

O especialista pontua que um cronograma de estudos pode ser bem interessante se levar em conta alguns pontos importantes. “Por exemplo, se você tem quatro horas por dia para estudar, que tal dedicar pelo menos uma horinha para cada matéria? Além disso, é super legal incluir momentos de revisão, pois isso ajuda a fixar melhor o que você aprendeu. Não adianta ter um cronograma que não inclua revisões das matérias já estudadas, já que nossa memória tem seus limites e precisamos transformar essas informações em memórias mais duradouras”. 

Mas é preciso não se enganar: não é uma fórmula mágica. Alves afirma que todas as pessoas, para além da criação de um cronograma, precisam de um tempo de pausa na rotina de estudos para conseguir fazer com que o cérebro se acalme e consiga armazenar tudo o que aprendeu durante o dia eficientemente.

Outra técnica que o especialista considera poderosa para garantir uma boa nota no ENEM é a leitura dinâmica

“Nas cinco etapas de aprendizagem que ensinamos no nosso treinamento Estudo Memorização PRO, começamos com uma etapa chamada pré-leitura. Essa etapa é uma leitura dinâmica inteligente que prepara a memória do aluno para receber o conhecimento nas próximas leituras. Na fase final de preparação para o ENEM, os alunos precisam revisar muitos conteúdos já estudados, e a leitura dinâmica ajuda a conectar tudo isso na mente deles, mantendo as lembranças sempre frescas”, finaliza. 

Para mais informações, basta acessar:  www.renatoalves.com.br