Comlurb adota novo sistema de coleta em condomínios

Em agosto de 2024, a Comlurb lançou um novo modelo de coleta de lixo em condomínios da Zona Sul e Grande Tijuca, exigindo que os moradores mantenham os resíduos internamente até a chegada dos garis. Essa mudança reduz o tempo de coleta em até quatro horas e ajuda a prevenir alagamentos. A Contemar Ambiental recomenda o uso de contentores de 240 litros para otimizar a coleta. A iniciativa será expandida para 88 ruas até o final do ano
09 Out 2024 - 15h26 | Atualizado em 09 Out 2024 - 15h26
Comlurb adota novo sistema de coleta em condomínios

Em uma iniciativa para otimizar a limpeza urbana e reduzir o acúmulo de resíduos nas calçadas, a Comlurb lançou, em agosto de 2024, um novo modelo de coleta de lixo em condomínios localizados na Zona Sul e na Grande Tijuca. Conhecidas pelo intenso tráfego de pedestres e veículos, essas áreas enfrentavam problemas com sacos de lixo rasgados por animais e catadores, o que resultava em detritos espalhados pelas ruas e maior necessidade de limpeza. 

O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, ressaltou que o novo sistema tem se mostrado eficaz, proporcionando uma redução de até quatro horas diárias no tempo total de coleta. A nova abordagem exige que os moradores mantenham os resíduos em áreas internas dos prédios até a chegada dos garis, que acessarão os condomínios para realizar o recolhimento dos lixos. 

Além de melhorar a eficiência da coleta, a medida também visa reduzir o entupimento dos bueiros durante as fortes chuvas de verão. Sacos de lixo deixados nas calçadas podem ser arrastados pelas enxurradas, agravando problemas de alagamento e enchentes. 

Desde o início do projeto, a Comlurb não registrou incidentes de furtos ou assaltos relacionados à entrada dos garis nos condomínios. A empresa também destacou que o modelo já foi bem-sucedido em outras áreas da cidade, como Barra da Tijuca e Zona Oeste. 

Para garantir a eficácia da medida, cada condomínio está sendo orientado a adaptar o sistema conforme suas necessidades específicas. Em Copacabana, por exemplo, prédios sem portaria 24 horas têm designado moradores para abrir os portões e acompanhar os garis durante a coleta. Em locais com espaço reduzido, como o edifício Ocapiá, foi criada uma solução alternativa utilizando a garagem para armazenar o lixo até o recolhimento. 

A Contemar Ambiental, especialista em conteinerização, destacou a importância dessa mudança tanto para a população quanto para o meio ambiente. A empresa sugeriu a adoção de contentores de resíduos de 240 litros, nos modelos americano ou europeu, como a solução mais adequada para o projeto no estado do Rio de Janeiro, devido à sua compatibilidade com diversos lifters utilizados na coleta mecanizada local. Além disso, a Contemar reforçou que, para cada projeto, podem ser recomendados diferentes modelos de contentores, como os de 360L, 700L, 1000L, entre outros, de acordo com as necessidades específicas de cada localidade.

O novo sistema de coleta é focado em áreas de alta densidade populacional e não será aplicado em vias secundárias, predominantemente residenciais. Grandes geradores de resíduos, como shoppings e restaurantes, continuarão a ser atendidos por empresas privadas. A Comlurb planeja expandir o modelo para 88 ruas até o final do ano, abrangendo mais de 1.200 edifícios. 



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