Ar-condicionado veicular: higienização pode evitar problemas

Especialista da Podium explica os riscos da falta de manutenção do equipamento e quais doenças e condições adversas podem ser evitadas ao efetuar a limpeza correta
25 Out 2024 - 12h49 | Atualizado em 25 Out 2024 - 12h49
Ar-condicionado veicular: higienização pode evitar problemas

Em um país tropical como o Brasil e com a popularização dos aplicativos de transporte, a utilização do ar-condicionado nos carros têm se tornado cada vez mais frequente. Segundo um levantamento realizado pela Mobiauto, e publicado pelo portal IG, o equipamento é o item mais buscado em uma lista de 186 opcionais, tido como necessário por 79,84% dos usuários da plataforma.

Além de garantir um ambiente mais fresco e agradável dentro do veículo, o equipamento também ajuda a manter a concentração do motorista, reduzindo a fadiga causada pelo calor extremo e evitando possíveis acidentes. No entanto, alguns cuidados são necessários para manter o pleno funcionamento do ar-condicionado e garantir que ele cumpra sua função.

A higienização desse equipamento é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos ocupantes de um automóvel. Ignorar a manutenção e a limpeza adequada desse sistema pode acarretar uma série de problemas, tanto para o veículo quanto para seus usuários.

De acordo com a sócia-administradora da oficina de reparos automotivos Podium, Thais Cristina Alves Fernandes, um ar-condicionado veicular sujo pode acumular fungos, bactérias, ácaros e outras impurezas, podendo desencadear problemas respiratórios como alergias, rinite, sinusite e até crises de asma.

“A exposição prolongada a esses microrganismos pode causar infecções, dor de cabeça, irritação nos olhos e problemas de garganta. Para evitar esses tipos de problemas, a recomendação é que a higienização seja feita, em média, a cada seis meses. Contudo, veículos utilizados com mais frequência ou em ambientes muito poluídos, pode ser necessário realizar a limpeza em intervalos menores, como a cada três meses”, explica Fernandes.

Além dos impactos à saúde, a falta de higienização do ar-condicionado pode reduzir a eficiência do sistema. Filtros sujos e dutos obstruídos, por exemplo, exigem mais esforço do equipamento, aumentando o consumo de combustível e o desgaste das peças. “Isso não só compromete o desempenho do veículo, como também pode gerar custos elevados com reparos”, alerta a especialista.

Para um processo adequado de higienização, é aconselhável procurar serviços especializados que utilizem produtos específicos e técnicas apropriadas para garantir a total eliminação de impurezas e microrganismos. A empresária explica que o método começa com a remoção do filtro de ar-condicionado, que é limpo ou substituído conforme o seu estado.

“Em seguida, um produto desinfetante é aplicado no sistema de ventilação para eliminar fungos e bactérias. O sistema é ligado para permitir que o produto circule por todos os dutos. Por fim, os componentes externos, como o painel e as saídas de ar, também são higienizados para garantir que não haja acúmulo de sujeira”, cita Fernandes.

A especialista ressalta que manter o ar-condicionado do carro limpo e em bom estado de funcionamento não é apenas uma questão de conforto, mas de saúde e economia. “Com prática simples, o usuário é capaz de prevenir uma série de problemas, além de garantir uma viagem mais segura e agradável para todos os ocupantes do veículo”, afirma.

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