Saúde

Vírus sincicial: Fiocruz indica aumento do vírus respiratório em crianças

O levantamento foi feito pelo Fiocruz e mostrou um aumento dos casos semanais, correlacionado ao vírus sincicial respiratório em crianças de idade entre 0 e quatro anos no Brasil.O VSR é um dos principais responsáveis de infecções que lesam o trato

05 Nov 2022 - 19h41 | Atualizado em 05 Nov 2022 - 19h41
Vírus sincicial: Fiocruz indica aumento do vírus respiratório em crianças  Lorena Bueri

Um levantamento feito pelo Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz - mostrou um aumento dos casos semanais, correlacionado ao vírus sincicial respiratório (VSR), em crianças de idade entre 0 e quatro anos no Brasil. Os dados foram retirados do sistema do Sivep-Gripe (Sistema de Informação e Vigilância Epidemiológica da Gripe, e foram referentes aos dias de 23 a 29 de outubro. O VSR é um dos principais responsáveis de infecções que lesam o trato respiratório inferior - consistindo em órgãos localizados na cavidade torácica como parte inferior da traqueia, alvéolos, pulmões, bronquíolos e brônquios - de crianças com até dois anos de idade. 

O levantamento e dados de doenças respiratórias 

No levantamento pode se perceber que nas regiões do Sul e Sudeste a sazonalidade é mais tardia - geralmente em abril- do que no Nordeste e Norte, onde ela aparece em fevereiro. As crianças de menores de seis meses, estão entre os grupos com maior risco de infecção grave da doença, ainda mais quando são prematuras ou com enfermidades pulmonares e cardíacas, sendo resultantes de poucos anticorpos maternos, menor capacidade de vias aéreas e por fim sistema imune imaturo. Segundo os dados, nas últimas quatro semanas a VSR possui os maiores números de casos positivos entre as doenças caracterizadas como vírus respiratórios, ultrapassando até o coronavírus, com 26,4 % contra 26,0% do SARS-CoV-2 responsável pela covid - 19, ainda aparecem na lista as influenzas A e B com 19,9% e 0,6% respectivamente. Já no número de mortes a doença cai para o terceiro lugar com 2,0%, o coronavírus é quem lidera com 68.6%, seguido da Influenza A, com 17,6% e a B com 0,0%.  


Post do laboratório Labchecap de Salvador sobre o VSR. (Foto: Reprodução/Instagram)


Vacinas e anticorpos para prevenir as infecções por VSR 

Apesar de ser um vírus muito comum, ele não possui vacinas aprovadas para que se possa prevenir a doença, com apenas as farmacêuticas trabalhando para desenvolver anticorpos a fim de evitar quadros graves nas crianças como palivizumabe — um anticorpo monoclonal artificial, que se combina ao vírus para bloquear a entrada do mesmo nas células. 

Entretanto em setembro deste ano durante a Durante a XXIV Jornada Nacional de Imunizações da SBIm, o Doutor Renato Kfouri que é infectologista e presidente do SBP - Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria - citou que novas tecnologias poderão surgir nos próximos anos na ajuda e prevenção do VSR, sendo uma delas a possibilidade de proteção passiva, quando se é vacinado a mãe do bebê. "Até essas vacinas terem uma melhor resposta imunológica, talvez já passe o período de maior vulnerabilidade do bebê". Explicou Kfouri, que ainda mencionou que vem sendo estudado quatro plataformas para desenvolvimentos futuros das vacinas, sendo eles: Vetores virais, partículas semelhantes ao vírus, subunitárias e por fim uma de aplicação nasal intitulada de vírus atenuados. "Todas têm como objetivo induzir a produção de anticorpos neutralizantes". O Infectologista ainda falou sobre o anticorpo nirsevimab, na substituição do palivizumabe. "Em breve, provavelmente, devemos substituir o palivizumabe por nirsevimab". Explanou Kfouri, que explicou um estudo avaliou o uso em prematuros de 29 a 35 semanas, obtendo numeros bem animadores, com 78,4% de redução de hospitalização e 70,1% de redução de atendimentos médicos, além de eficácia mantida por 150 dias. 

 

Foto destaque: Criança recebendo inalação. Reprodução/Freepik BR

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