De acordo com um novo estudo publicado pelo New England Journal Of Medicine, nesta terça-feira (26), a grande maioria das transmissões de varíola dos macacos, cerca de 95%, ocorrem por relações sexuais sem proteção.
O levantamento baseou-se exclusivamente na análise de 528 casos de infecção pela doença em 16 países do mundo neste ano.
Ainda segundo os dados obtidos pelo estudo, 98% das pessoas acometidas pela varíola dos macacos eram homens gays ou bisexuais. De acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde - apesar a alta incidência de contaminação por vias sexuais e em homens que fazem sexo com homens, a transmissão da varíola de macacos não se dá exclusivamente por esses meios.
Transmissão de varíola de macacos é mais comum em homens que fazem sexo com homens segundo a OMS (Reprodução/ UOL Notícias)
A possibilidade mais aceita para a maior incidência da doença nesse público é que o vírus tenha incialmente entrado em conexão com algumas redes sexuais interconectadas na comunidade HSH - Homens que fazem sexo com homens - existem também relatos da transmissão em casais com múltiplos parceiros os festas.
Uma grande quantidade de casos de varíola dos macacos têm sido relatada desde Maio de 2022 em vários países, sendo a maioria dos pacientes afetados pela condição pessoas que estiveram recentemente em países da América do Norte e Europa.
No último sábado, dia 23, a OMS declarou que o surto da doença é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), mas reforçou que a situação pode ser controlada caso haja um cuidado intenso de todos os países do mundo, principalmente com o fornecimento de vacinas à população para evitar a maior propagação do vírus.
Foto Destaque: Varíola de macacos é transmitida majoritariamente por relações sexuais. Divulgação/Revista Oeste