Mais um paciente foi diagnosticado com a varíola dos macacos (monkeypox) no Distrito Federal, ainda que o crescimento seja vagaroso. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), através de boletim informativo, nesta segunda-feira (14), a capital do Brasil conta com 334 pessoas infectadas com o vírus.
De acordo com informações do “Correio Braziliense”, tendo seu início em 8 de julho, a transmissão comunitária de monkeypox atingiu 320 indivíduos do sexo masculino e 14 do feminino. Quando trata-se de faixa-etária, grande parte dos diagnosticados têm idade entre 20 e 39 anos.
Além dessa informação, os exames laboratoriais descartaram 742 casos que estavam sob investigação no DF. A pasta responsável também informou que há 245 pacientes suspeitos no aguardo do resultado.
Quanto ao contágio, o veículo de comunicação mostra que há pouco mais de quatro meses, o primeiro caso positivo de varíola dos macacos veio a público em Brasília. No Plano Piloto, região administrativa com mais diagnósticos, 66 pessoas receberam, desde então, o resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 30 moradores do Plano estão sob investigação.
Seguindo, Águas Claras fica como a segunda região administrativa com mais casos, totalizando 35 pacientes. Em terceiro, no levantamento, aparece Samambaia com 25 infectados. Em quarto tem Ceilândia com 22 diagnósticos. Já em quinto tem Guará com 21.
De acordo com a Secretaria de Saúde, os únicos locais que não registraram casos da enfermidade foram: Fercal, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e Arniqueira.
Só 1 caso de varíola dos macacos foi registrado no Distrito Federal, em quatro dias. (Reprodução/Twitter @RadioagenciaEBC)
Segundo o site do Ministério da saúde, a transmissão da doença, apesar de levar o nome de “varíola dos macacos “, não tem relação com os macacos. Tal nome vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês no ano de 1958. O mesmo site aponta que as transmissões do atual surto da enfermidade foram atribuídos à transmissão de indivíduo para indivíduo, com contato próximo.
Mesmo que seja desconhecido o animal considerado reservatório do vírus, pequenos roedores das florestas tropicais da África, especialmente na África Central e Ocidental (como esquilos), são os principais candidatos. Quanto ao primeiro caso humano, foi no ano de 1970 quando foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo. A Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, também aponta os roedores, como os ratos, como animais que são suscetíveis a este tipo de varíola.
A transmissão da doença ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e também por meio da exposição próxima e prolongada com secreções respiratórias como gotículas. Podem ser infectantes também úlceras, lesões ou feridas na boca, o que significa que o vírus pode ser passado para outros através da saliva. Também pode ocorrer a infecção no contato com objetos que foram recentemente contaminados (como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.
Os sintomas e sinais incluem: erupções cutâneas ou lesões de pele (que também podem afetar genitais e reto), adenomegalia (linfonodos inchados), febre acima de 38,5°C, dores musculares e no corpo, dor de cabeça, dor nas costas, calafrio e fraqueza intensa.
Conforme o site do Ministério da Saúde, todas as pessoas com sintomas compatíveis de varíola dos macacos devem ir atrás de uma Unidade Básica de Saúde se imediato e ficar em isolamento. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, através de teste molecular.
Foto Destaque: Pessoa com varíola dos macacos. Reprodução/Prefeitura Municipal de Barra do Piraí.