Saúde

Superfungo: Candida auris, deixa duas pessoas internadas em Pernambuco

Hospital Miguel Arraes em Pernambuco suspendeu novos atendimentos para que não haja disseminação do fungo letal. Estados Unidos emite alerta na área da saúde.

23 Mai 2023 - 20h38 | Atualizado em 23 Mai 2023 - 20h38
Superfungo: Candida auris, deixa duas pessoas internadas em Pernambuco Lorena Bueri

Na última segunda-feira (22), o Hospital Miguel Arraes, em Pernambuco, teve que suspender novos atendimentos devido a um fungo letal que afeta dois pacientes internados na unidade. O superfungo, conhecido como Candida auris, pode causar infecções graves que levam à morte. Além disso, o microrganismo é resistente a medicamentos antifúngicos, o que dificulta o tratamento. Autoridades dos Estados Unidos emitiram um alerta para os órgãos de saúde.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), dois pacientes do sexo masculino estão hospitalizados no Miguel Arraes com Candida auris. Um deles tem 48 anos e o outro, 77 anos. Essas informações foram divulgadas pela técnica da SES-PE. Diante desse cenário, Karla Baêta, diretora-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), informou à TV Globo que os novos atendimentos foram suspensos no hospital para evitar a disseminação do fungo.


A direita, Candida auris cultivada/2009/CDC/Reprodução


No início de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o perigo desse fungo. "Ele é resistente a todas as três principais classes de antifúngicos e sua identificação requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que C. auris pode ser facilmente confundida com outras espécies", destacou. A Candida auris representa um grande risco para a população global, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), pois são multirresistentes, apresentam diagnóstico difícil e podem ser contraídos por meio de superfícies e equipamentos hospitalares. No entanto, as autoridades ressaltam que as causas da contaminação ainda são desconhecidas, enfatizando a importância de manter uma boa higiene e higienização das mãos.

Segundo os órgãos responsáveis, metade dos pacientes que contraíram o fungo morreu em aproximadamente 90 dias. As estimativas indicam que de 30% a 60% dos infectados vieram a óbito. Até o momento desta matéria, o hospital não divulgou atualizações sobre o estado de saúde dos pacientes.

Foto destaque: Fungo Candida auris/Redes sociais/Divulgação/Reprodução

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