A dificuldade de ouvir, chamada de surdez, tem diversos tipos de origem. Segundo Ministério da Saúde 3,2% da população brasileira, constituído de 5.8 milhões de pessoas, são surdas e se comunicam através da Língua Brasileira de Sinais, Libras, conjunto de sinais realizados pelas mãos reconhecido como meio de comunicação e expressão pela Lei nº 10.436/2002.
De acordo com o médico neurocirurgião Fernando Gomes a condição é dividida entre dois tipos: a surdez de cóclea, mais frequente, é proveniente de meningite, virose, abuso de drogas e medicamentos, tumores, traumas na cabeça e longos períodos de exposição a ruídos intensos, como shows e tubina de avião. E surdez de condução é provocada pelo excesso de cera no duto auditivo, infecções ou pela paralisação dos ossos do ouvido. A impossibilidade de ouvir também pode ser responsável por condição familiares, genética, nascimento prematuro, uso de antibióticos, baixo peso ao nascer e infecções congênitas, como sífilis e a rubéola.
Segundo Gomes explica como funciona o aparelho auditivo: “Essas ondas vibracionais que vêm através do ar são direcionadas ao tímpano, que então estimula os ossículos e, de uma forma muito interessante, acaba impressionando a cóclea, onde existem células ciliadas que conseguem transformar essa informação mecânica em elétrica”.
Aparelho auditivo externo. (Foto: Reprodução/ Agência CNM)
A partir do neurônio auditivo o aparelho é responsável por levar os impulsos elétricos até o cérebro, onde será interpretada pela mente humana como som: “Se eu tenho um problema até essa região onde o som é conduzido até o aparelho onde é feita essa transdução, essa transformação de energia, eu tenho um tipo de surdez ou problema auditivo relacionado com a condução”.
O tratamento depende da condição impar do paciente perpassa desde cirurgia, para implantação do aparelho auditivo interno, até medicamento e terapias complementares acupuntura, meditação e relaxamento. O Ministério da Saúde detalha cinco níveis de dificuldade em ouvir sendo que, em cada nível intensifica-se a dificuldade de compreensão das palavras, a intensidade da leitura labial, a pertubação da articulação da palavra, linguagem e o gestual manual, iniciando em ligeira avançando para média, severa, profundo e cofose; a surdez completa e ausência completa de som.
Em novembro, dia 10, se comemora o Dia Nacional da Surdez, dia dedicado a conscientização da vivência dessas pessoas em nossa sociedade. Vale ressaltar que esta matéria não substitui uma consulta ou diagnostico clinico. Qualquer manifestação desses sintomas um profissional de saúde deverá ser consultado.
Foto Destaque: A medida que a condição se agrava leitura labial passa a ser necessária. Reprodução/ Adobe Stock