Utilização de sanguessugas e larvas como método medicinal que eram aplicadas na medicina da era medieval, está ficando novamente em alta no Reino Unido, com um grande crescimento de uso nos últimos anos.
O uso das sanguessugas tem como função, comer o tecido morto e as bactérias do paciente, o que ajuda no combate a infecção. Além disso, esses animais conseguem diminuir a área de superfície de uma ferida, fazendo com que a cicatrização do paciente seja feita de forma mais veloz do que com tratamentos convencionais.
Segundo alguns estudos realizados, a utilização de sanguessuga, pode prevenir inclusive que um paciente tenha seus membros amputados, caso ocorra algum acidente, já que esses parasitas também liberam uma substância química que dilui o sangue, evitando que o sangue coagule, melhorando a circulação sanguínea.
Sanguessuga sendo usada como método medicinal (Reprodução/Pixabay)
De acordo com o jornal The Guardian, a utilização desses parasitas como métodos medicinais, está aprovada pelo Serviço Nacional de Saúde, desde 2004, mas que foi de 2017 a 2019, que o número cresceu exponencialmente, dando um salto de 47% no período.
Apesar do crescimento, alguns fatores ainda fazem com que esse “novo” método não seja visto com bons olhos. Um deles é claro a parte nojenta que é ter um parasita no seu corpo, sugando seus tecidos. Outra coisa que deixa algumas pessoas com o pé atrás, é a falta de entendimento de como funciona esse método, e qual a funcionalidade dos parasitas.
Para isso, o The Guardian, inclusive, deixa bem enfatizado que as sanguessugas apenas comem o tecido morto, nada além disso, e que isso não faz mal a nenhum ser humano.
É válido destacar, que além da rapidez com que o processo é realizado e cicatrização e cura do paciente também acontece de forma rápida, esse é um método de tratamento muito mais barato, se comparado com os demais medicamentos e as cirurgias que seriam necessárias, nos métodos tradicionais.
O tratamento com as sanguessugas dura entre 10 minutos e 1 hora, dependendo da necessidade do paciente. Após as sanguessugas realizarem seu trabalho de se alimentar dos tecidos mortos e bactérias, elas são mortas e descartadas como lixo hospitalar.
Foto Destaque: Sanguessugas fazendo seu trabalho no corpo de um paciente (Reprodução/Glebk)