Saúde

Saiba mais sobre Violência Obstétrica

Conheça mais sobre violência obstétrica, agressão que causa dor ou sofrimento desnecessário em diversas mulheres do Brasil no momento do parto. Segundo um estudo, somente 50% dessas mulheres tem um parto positivo.

25 Fev 2022 - 11h50 | Atualizado em 25 Fev 2022 - 11h50
Saiba mais sobre Violência Obstétrica Lorena Bueri

A violência obstétrica é definida por especialistas como “práticas contra a saúde sexual e reprodutiva da mulher grávida", ou também é qualquer ato que cause dano, dor ou sofrimento desnecessário à mulher no momento do parto. Essa ação pode se enquadrar em aspectos físicos - como a realização sem consentimento da episiotomia, procedimento que consiste em um corte no períneo, entre o ânus e a vagina -, sexuais , psicológicos ou até mesmo por negligência do profissional. 

Na violência por negligência, por exemplo, os cuidados básicos e essenciais são negados às mães. Isso se trata de casos em que elas não conseguem o devido apoio durante a fase do pré-natal ou na hora do parto e, com isso, precisam buscar ajuda em vários hospitais para serem cuidadas. E, infelizmente, a violência obstétrica faz parte da realidade de muitas mulheres no Brasil. O que a maioria  dessas mulheres - mães - não sabem é que, sem o consentimento, em muitos casos essas ações são desnecessárias ou até mesmo proibidas. 

De acordo com os dados do Levantamento Nascer no Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 2012 - informação mais recente sobre o tema - é relatado que 30% das mulheres atendidas em hospitais privados são vítimas de violência obstétrica. Enquanto no Sistema Único de Saúde (SUS), a porcentagem afetada por esse tipo de violência é de 45%. Também foi constatado que a possibilidade de fazer o parto sem intervenções médicas no Brasil é de somente 5%. Dados esses que foram coletados a partir de entrevistas com, em média, 24 mil puérperas, no biênio 2011/2012. 


Realização de parto. (Foto: Reprodução/Barbara Ribeiro/Pexels)


Ademais, em entrevista à revista Veja, o ginecologista e obstetra Paulo Noronha, revela que a agressão pode ser “tudo aquilo que acontece no corpo de uma pessoa grávida sem o consentimento dela, seja no parto normal ou na cesárea”, diz o especialista. “E isso só ocorre porque falamos de corpos femininos, independentemente do gênero com o qual a pessoa se identifica, pois a medicina ainda é muito machista'', finaliza o obstetra sobre o porquê disso ainda acontecer atualmente. 

Como denunciar?
De acordo com a advogada e ativista pelo direito da mulher Fernanda de Avila, essas agressões podem ser penalizadas com base nos códigos civil e penal ou até mesmo pelo Conselho de Medicina. A denúncia pode ser feita no próprio hospital em que a vítima foi atendida. Além disso, pode-se ligar para o disque 180 ou para 08007019656 da Agência Nacional de Saúde Suplementar para denunciar o atendimento do plano de saúde. E, para investigar a existência de um crime, como lesão corporal, a paciente deve procurar o atendimento da polícia ou o do Ministério Público.

 

Foto Destaque: Violência Obstétrica. Reprodução/Jonas Kakaroto/Pexels

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