A sensação de cansaço e estresse pode acontecer em qualquer idade, porém é mais comuns em adultos, principalmente se eles vivem em um ambiente de trabalho. Os sintomas de quando a saúde mental não está bem, são vários e pode variar de acordo com a pessoa.
Segundo o neurocirurgião Fernando Gomes, que falou no quadro Correspondente Médico, na CNN desta quarta-feira-feira (06), explicou como identificar os sintomas de esgotamento mental que podem precisar de ajuda especializada.
Pessoa com esgotamento metnal (Foto: Reprodução/ Getty Images)
A lista inclui sintomas como dor de cabeça e irritabilidade excessiva; o neurocirurgião explica que, mesmo a dor de cabeça seja considerada um sintoma genérico na área médica, que podem identificar problemas como estresse ou infecções, mas quando ela acontece de maneira constante, pode estar ligada à exaustão mental.
Pessoas que sentem dores por todo corpo, sem ter se machucado antes ou que não tenha nenhuma doença pré-existente, podem ser vítimas desse esgotamento. Ter um cansaço extremo, também se reflete na concentração, e a falta de um raciocínio rápido, podendo trazer impactos no sono, seja causando insônia ou o sono em excesso durante o dia.
O corpo possui um relógio biológico que se ajusta de acordo com as atividades e necessidades fisiológicas feitas durante um ciclo de 24 horas, chamado de ciclo circadiano. Segundo Dr. Fernando, ele recomenda atenção quando for ter alguma mudança nessa rotina, pois os efeitos podem vim negativamente para o organismo.
O especialista diz que mudanças na rotina, como comer comida saudável e fazer atividades físicas podem contribuir positivamente para o organismo e assim minimizar os impactos do esgotamento.
“Quando a gente faz atividade física, o gasto calórico relacionado ao trabalho muscular pode entrar em sincronia com a nossa preocupação e nosso gasto relacionado com a nossa concentração mental. Isso faz com que esse balanço seja mais equilibrado”, diz.
Neste ano de 2022, a Organização Mundial de Saúde, OMS, reconheceu a síndrome de Burnout como um fenômeno relacionado ao trabalho. Essa mudança faz parte de uma nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11), que entrou em vigor em janeiro.
A OMS define essa síndrome como um “resultante de um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”. Segundo a entidade, existe três dimensões que compõem essa condição:
- Sensação de exaustão ou falta de energia;
- Sentimentos de negativismo, cinismo ou distância em relação ao trabalho;
- Sensação de ineficácia e falta de realização.
A OMS explica que a síndrome de Burnout se refere especificamente a um fenômeno diretamente ligado às relações de trabalho e que não pode ser aplicada em outras áreas ou contextos de vida dos indivíduos.
Foto destaque: Pessoa estressada. Getty Images/Westend61
