O Sistema único de saúde (SUS), está negociando para que seja incorporado à rede pública o "cabotegravir", um medicamento injetável contra o HIV de profilaxia pré-exposição (PrEP). O ministério da saúde está em parceira com a Fiocruz, e continua mantendo diálogos mais avançados com laboratórios GSK/ViiV Healthcare, que é o produtor do medicamento. Essa medida vai ser tornar um grande avanço para as estratégias de prevenção ao HIV no Brasil.
Avanço nas negociações
Em abril deste ano, a Anvisa aprovou o uso do "cabotegravir", marcando o primeiro passo para regular sua doação. Nos dias de hoje, um estudo comandado pela Fiocruz já está chegando na fase final, investigando a viabilidade técnica para saber de que forma deve ser implantado a medicação ao SUS. Os resultados vão determinar se esse tema vai ser levado à Comissão Nacional de Incorporação de tecnologia, que é responsável por avaliar as novas tecnologias com um custo-benefício no sistema público.
É visto como um avanço estratégico a implantação do "cabotegravir", seu formato vai ser aplicado bimestralmente, via injeção, melhorando a adesão à PrEP.
Imagem de vacinação (Foto: reprodução/Getty Images Embed/DANIEL DORKO)
Impacto para a população mais vulnerável
Ativistas e especialistas tem visto esse avanço como um impacto positivo para o cabotegravir, mas a população mais vulnerável pelo HIV, como pessoa trans, profissionais do sexo e até mesmo homens que fazem sexo com homens. Essa aplicação pode reduzir a interrupção do tratamento, garantindo que o tratamento funcione de uma forma mais eficaz.
Redução de custo
Outro ponto positivo que vai reforçar a proposta, é que o laboratório que produzir já mostrou interesse e vai transferir a tecnologia de fabricação do cabotegravir para o Brasil. O que vai fortalecer a produção de medicamentos no pais, podendo até reduzir custos e acelera sua implementação do programa.
Próximos passos
Se a Conitec aprovar, o cabotegravir vai ficar disponível para todos nas unidades do SUS, não vai demorar a acontecer, e vai ajudar cada vez mais na prevenção do HIV no Brasil.
O Ministério da saúde continua trabalhando na análise de dados para garantir que todos tenham acesso ao medicamento.
Foto Destaque: Imagem representativa da vacina contra o HIV (Reprodução/Prefeitura do Rio)