O governo anunciou nesta quinta-feira (29), dentro do simpósio do Ministério da Saúde sobre o Dia Mundial do Coração e doenças cardiovasculares, que vai incorporar cinco novos medicamentos no ‘Farmácia Popular’ – programa de distribuição gratuita ou copagamento de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) -. O programa não tinha inclusão de novos desde 2011.
Os novos remédios serão direcionados para o tratamento e cuidado de doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca e segundo publicação no site do governo federal ficaram disponíveis para a população no prazo 30 dias após a publicação da portaria no Diário Oficial da União que seria publicado nesta sexta-feira, mas até o momento ainda não houve atualização. Segundo o Ministério da educação a estimativa, é que sejam beneficiadas cerca de 2,7 milhões de pessoas, ainda segundo o órgão o programa atende mais de 20 milhões de brasileiros e conta com mais de 30 mil farmácias credenciadas e distribuídas em 4.397 municípios do Brasil.
Os novos medicamentos que entram no ‘Programa Farmácia popular
Os remédios que irão incorporar o programa são:
Espironolactona 25 mg (hipertensão arterial) - gratuidade
Succinato de Metoprolol 25 mg (hipertensão arterial) - gratuidade
Furosemida 40 mg (hipertensão arterial) - gratuidade
Besilato de Anlodipino 5 mg (hipertensão arterial) - gratuidade
E por fim Dapagliflozina 10 mg (diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular) - este no modelo de copagamento.
Corte para abrir espaço ao orçamento secreto
A incorporação vem depois de corte revelado pelo O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem consta que o governo do Presidente Jair Bolsonaro enviou um projeto de orçamento para 2023 ao congresso, em que o programa ‘Farmácia Popular’ teria um grande corte de 60% para que fosse aberto espaço ao orçamento secreto. A verba destinada aos medicamentos caiu de 2,04 bilhões em 2022 para 804 milhões em 2023, ou seja, 1,2 milhões a menos no projeto para o ano quem vem. Os remédios oferecidos de graça serão os afetados por esse corte de verba.
Foto destaque: Pílulas e medicamentos. Reprodução/Freepik BR