No dia 18 de maio, a jornalista Polyana Resende Brant deu à luz ao seu primeiro filho. Porém, a gravidez não saiu 100% como planejado, durante o segundo trimestre de gestação, alguns exames indicavam a existência de um tumor na região do tórax do feto. Se trata de um quadro raro, no qual uma massa se parece com o pulmão, é também, assim como os órgãos, irrigada por vasos sanguíneos, mas como todo tumor, não tem função específica.
Apesar de não ter sido um tumor maligno e não produzir um câncer, a massa criada por ele estava fazendo uma compressão nos outros órgãos, podendo gerar problemas futuros, além de utilizar sangue que poderia ser distribuído para outras partes do corpo, o que atrapalharia no desenvolvimento dele. Outro ponto negativo do tumor era o acumulo de água na região pulmonar do feto.
A partir desse quadro, a jornalista recebeu a notícia de que caso não houvesse intervenção cirúrgica o bebê viria a óbito, e caso fizessem um parto forçado, as chances de sobrevivência também seriam pequenas, dado a prematuridade da gestação, apenas 29 semanas. Quando ouviu isso, Polyana ficou desesperada, mas segundo ela, agarrada na fé e buscando os melhores especialistas, conseguiram achar soluções. Ressaltou ainda a importância de acreditar na ciência.
Gestante (Foto: Reprodução/Pixabay)
Segundo a médica responsável, a cirurgiã Danielle do Brasil, seria necessário queimar um dos vasos responsáveis pelo abastecimento de sangue ao tumor em questão. Sendo assim, com uma agulha grossa que possui laser, fizeram a queima desse vaso e o tumor não seria capaz mais de existir, já que não seria mais abastecido. Após morrer, a massa seria absorvida pelo corpo.
O procedimento ocorreu com sucesso, a queima do vaso foi feita, entretanto, após 10 dias, quando observados os benefícios da técnica, notaram que a circulação do tumor fez outro caminho para abastecer a massa. Desse modo, foi feito um segundo procedimento e dessa vez não voltou a crescer.
Foto Destaque: Procedimento cirúrgico. Reprodução/Pixabay