O medicamento antiviral desenvolvido pela Pfizer teve seu uso emergencial aprovado em 30 de março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sendo incorporado ao SUS pelo Ministério da Saúde do dia 6 de maio, tornando-o o primeiro tratamento até então incluso no Sistema Único de Saúde cujo o objetivo é prevenir casos leves de Covid.
Alta eficácia em estudos clínicos
O medicamento apresenta ótimos resultados no combate à infecção por Sars-CoV-2 nos estudos clínicos, reduzindo em 89% as hospitalizações, segundo os cientistas, quando usado nos primeiros três a cinco dias em que são sentidos os sintomas, pode haver redução de 9 em cada 10 internações.
O remédio é destinado a pacientes que possuem elevado risco de progressão para casos mais graves de Covid-19, grupos de risco como, idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos.
As pesquisas realizadas com o Paxlovid iniciaram-se em março de 2021 em diversos países e apresentou resultados positivos em relação a internações de pessoas que não haviam sido imunizadas ou infectados anteriormente pela doença.
Caixa de Paxlovid, medicamento incorporado ao SUS pelo Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/GZH)
Como funciona o Paxlovid?
A medicação é composta pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir. O nirmatrelvir age bloqueando a protease tipo 3C do vírus do Covid, evitando assim sua reprodução e impedindo o desenvolvimento da infecção por Sars-Cov-2, já o ritonavir não possui efeito antiviral, mas é utilizado para reduzir a capacidade de metabolização do fígado fazendo com que o medicamento permaneça mais tempo no corpo, potencializando seus resultados, em um processo semelhante ao utilizado no tratamento de HIV.
Segundo a Anvisa, o medicamento é de uso adulto, com venda apenas sob prescrição médica, seu uso não é recomendado para gestantes ou pacientes com problemas renais sendo proibido que pessoas hospitalizadas iniciem o tratamento com a medicação.
Foto Destaque: PaxLovid, novo medicamento oferecido pelo SUS para Covid-19 (Foto: Reprodução/Diário Médico)