De acordo com a nova diretriz publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), nesta segunda-feira (15), adoçantes não devem ser utilizados como método estratégico para o tratamento da obesidade e perda de peso, uma vez que podem desencadear disfunções metabólicas, como diabetes do tipo 2 e alterações cardiovasculares.
Os adoçantes, produzidos para conferir sabor adocicado aos alimentos, foram originalmente criados para pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar ao açucar, mas hoje se encontram livremente disponíveis para consumo.
Segundo estudos científicos, em reanalise de evidências, a formulação não apresenta nenhum valor dietético funcional para a saúde, ou seja, descaracteriza-se de qualquer soma nutricional. Contudo, a OMS não desaconselha a utilização por indivíduos portadores de “diabetes preexistente”.
Em lista dos adoçantes sintéticos mais comuns disponíveis no mercado, o Órgão pontua, principalmente, o aspartame, sucralose, stevia e derivados e sacarina.
OMS diz que adoçante não ajuda na saúde e pode matar. (Vídeo: Reprodução/Youtube).
Embora a diretriz faça vista grossa a utilização desses produtos, que são de fácil absorção pelo organismo, afirma que os mesmos não devem ser substituídos por açúcares livres, e sim por alimentos caracteristicamente naturais, como frutas e mel.
A OMS não se dirige a inutilização dos açúcares presente em produtos de higiene, como cremes dentais, e alguns medicamentos, mas sim àqueles diretamente ligados aos hábitos alimentares. De acordo com Rodrigo Moreira, responsável pelo Departamento de Diabetes Mellitus, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), "não existe nenhuma recomendação médica no mundo que estimule a utilização de adoçantes em estratégias de perda de peso e tratamento da obesidade".
A limitação regulamentada pela diretriz não se aplica a açúcar de baixa caloria e álcool de açúcar, os denominados Polióis, como xilitol e eritritol, e recomenda, também, a retirada do açúcar da alimentação.
Foto destaque: Adoçantes artificiais. Reprodução/Catraca Livre
