Saúde

Novos Medicamentos, mas a Cirurgia Bariátrica Continua Crescendo: Por Quê?

20 Ago 2024 - 14h28 | Atualizado em 20 Ago 2024 - 14h28
Novos Medicamentos, mas a Cirurgia Bariátrica Continua Crescendo: Por Quê?  Lorena Bueri

A obesidade é uma epidemia global, e o Brasil não é exceção. Com o aumento da prevalência da doença, a busca por soluções eficazes se intensifica. Nos últimos anos, vimos o surgimento de novos medicamentos promissores para o tratamento da obesidade, o que poderia levar a crer que a cirurgia bariátrica perderia espaço. No entanto, o que observamos é justamente o contrário: a procura pela cirurgia continua em alta. Mas por que isso acontece?

A Eficácia Comprovada da Cirurgia Bariátrica e o Acesso via Plano de Saúde

Um dos principais motivos para a popularidade da cirurgia bariátrica é sua eficácia comprovada a longo prazo. Diversos estudos demonstram que a cirurgia bariátrica promove uma perda de peso significativa e duradoura, além de melhorar consideravelmente doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.

Além disso, a cirurgia bariátrica é um procedimento coberto pelos planos de saúde no Brasil, o que aumenta sua acessibilidade em comparação com medicamentos de alto custo. Embora existam critérios específicos a serem cumpridos para a realização da cirurgia pelo plano de saúde, como o tempo de obesidade e a tentativa prévia de tratamento clínico, essa cobertura garante que muitos pacientes tenham acesso a essa opção de tratamento eficaz.

Novos Medicamentos: Promessas, Limitações e o Impacto do Alto Custo

Os novos medicamentos para obesidade, embora promissores, ainda apresentam algumas limitações. Em primeiro lugar, sua eficácia a longo prazo ainda precisa ser comprovada em larga escala. Além disso, muitos desses medicamentos podem causar efeitos colaterais indesejáveis, e seu uso contínuo pode ser necessário para manter os resultados. O alto custo desses medicamentos também é um fator crucial que limita o acesso a eles, especialmente para pacientes com dificuldades financeiras.

Os queridinhos: Ozempic e Monjaro, quanto custa esse tratamento?

O Ozempic, inicialmente criado para tratar o diabetes tipo 2, ganhou popularidade como ferramenta para emagrecer, agora já aprovado pela ANS. Essa situação levanta dúvidas sobre sua segurança e eficácia a longo prazo. Além disso, o medicamento pode causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos, e seu custo mensal varia de R$ 800 a R$ 1.600, e anual que pode chegar a R$20.000, .

Já o Mounjaro, ainda indisponível no Brasil, combina dois hormônios que controlam o apetite e o metabolismo, e estudos indicam que pode levar a uma perda de peso de até 20%. Nos Estados Unidos, seu custo mensal é de cerca de US$ 1.000 (aproximadamente R$ 50.000 por ano), um valor que o torna inacessível para muitos.

● Esses exemplos ilustram como o alto custo dos novos medicamentos para obesidade pode ser um obstáculo para muitos pacientes, especialmente quando comparado ao custo do procedimento, pois a cirurgia bariátrica pode ser coberta pelo convênio.

Um fator crucial que impacta a acessibilidade a esses medicamentos é o seu alto custo. Muitos dos medicamentos mais eficazes ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e, no mercado privado, seus preços podem ser proibitivos para a maioria da população.



Fatores que influenciam no tratamento (Foto: reprodução/divulgação)


Fatores que Influenciam a Escolha de qual Tratamento Seguir

A decisão entre o tratamento medicamentoso e a cirurgia bariátrica é complexa e envolve diversos fatores, como:

Grau de obesidade: A cirurgia bariátrica é geralmente indicada para pacientes com obesidade grave (IMC acima de 40) ou com obesidade moderada (IMC entre 35 e 40) associada a comorbidades.

Resposta ao tratamento medicamentoso: Pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento medicamentoso ou que apresentam efeitos colaterais significativos podem considerar a cirurgia bariátrica.

Estilo de vida: A cirurgia bariátrica exige mudanças significativas no estilo de vida, incluindo dieta e exercícios físicos. Pacientes que não estão dispostos a fazer essas mudanças podem preferir o tratamento medicamentoso.

Custo do tratamento: O alto custo dos medicamentos mais eficazes pode ser um fator determinante na escolha pela cirurgia bariátrica, especialmente para pacientes com dificuldades financeiras, o que é uma grande realidade no Brasil.

A existência de Diabetes tipo 2: A presença de diabetes tipo 2 pode ser um fator crucial na decisão pelo tratamento. Embora os novos medicamentos possam auxiliar no controle da doença, a cirurgia metabólica tem se mostrado altamente eficaz na remissão do diabetes em muitos pacientes, proporcionando uma vida livre de medicamentos e suas complicações.




Diabetes (Foto: reprodução/divulgação)


Fatos Curiosos Sobre a Cirurgia Bariátrica que Não te Contam

Além da perda de peso e da melhora das comorbidades, a cirurgia bariátrica pode trazer benefícios surpreendentes que muitas vezes não são mencionados.

Aumento da Sobrevida: Estudos indicam que a cirurgia bariátrica pode aumentar a expectativa de vida em pacientes com obesidade grave, reduzindo o risco de morte prematura por doenças relacionadas ao peso.

Vida Livre de Medicamentos: A cirurgia bariátrica pode levar à remissão completa ou parcial de doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão, permitindo que muitos pacientes abandonem ou reduzam significativamente o uso de medicamentos.

Melhora da Fertilidade: A perda de peso após a cirurgia bariátrica pode melhorar a fertilidade em mulheres com dificuldades para engravidar devido à obesidade.

Redução do Risco de Câncer: Pesquisas sugerem que a cirurgia bariátrica pode diminuir o risco de desenvolver certos tipos de câncer, como câncer de mama e colorretal, em pacientes com obesidade.

Esses benefícios adicionais da cirurgia bariátrica demonstram seu potencial transformador, indo além da simples perda de peso e proporcionando uma melhora significativa na saúde e na qualidade de vida dos pacientes.

A Cirurgia Bariátrica em tempos de novos medicamentos: Uma análise equilibrada

A obesidade é uma epidemia global e a busca por soluções eficazes é constante. Com o surgimento de novos medicamentos como Ozempic e Mounjaro, surge a dúvida: a cirurgia bariátrica ainda é a melhor opção?

Apesar das promessas dos medicamentos, a cirurgia bariátrica se destaca por sua eficácia comprovada a longo prazo, promovendo perda de peso significativa e melhora de comorbidades como diabetes e hipertensão. Além disso, oferece benefícios como aumento da sobrevida e redução do risco de câncer, impactando positivamente a qualidade de vida dos pacientes.

No entanto, os novos medicamentos também apresentam vantagens, com resultados promissores na perda de peso. O alto custo desses medicamentos, entretanto, é um fator limitante, tornando a cirurgia bariátrica pelo convênio uma opção mais acessível para parte da população.

Consultamos o especialista em emagrecimento e cirurgia bariátrica, Dr. Rodrigo Barbosa, fundador do Instituto Medicina em Foco e da AdmDoctor, e ele ressalta a importância de uma avaliação individualizada, considerando fatores como grau de obesidade, comorbidades, estilo de vida e recursos financeiros.

A escolha entre medicamentos e cirurgia deve ser feita em conjunto com um profissional de saúde, buscando a melhor opção para cada paciente. A obesidade é um problema complexo e multifatorial, e não existe uma solução única. A cirurgia bariátrica e os novos medicamentos representam avanços importantes no tratamento da doença, e a escolha da melhor abordagem deve ser baseada em informações claras e imparciais.

Em suma, a cirurgia bariátrica e os novos medicamentos coexistem como ferramentas poderosas no combate à obesidade. A chave para o sucesso reside em uma avaliação médica cuidadosa e personalizada, que leve em consideração as necessidades e particularidades de cada paciente, garantindo assim o tratamento mais adequado e eficaz.

Foto Destaque: obesidade (reprodução/divulgação)

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