O desenvolvimento de novas terapias para o tratamento do câncer é um assunto que interessa não só a indústria farmacêutica, mas toda a população, já que todos nós estamos sujeitos a desenvolver essa doença. Recentes pesquisas obtiveram avanços e esse medicamento foi aprovado pela primeira fase do registro sanitário da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Esse fármaco atua na coleta e modificação genética das células imunes, sendo assim uma evolução enorme pois é uma tecnologia que pode complementar outros tipos de tratamentos já existentes para mielomas e leucemias por exemplo. Utiliza-se células nomeadas como CAR-T, coletadas dos próprios pacientes e alteradas para combater esses tumores. Pode ser um tipo de tratamento que vai retornar a esperança para aqueles pacientes que já tentaram os métodos convencionais e não obtiveram resposta.
Os linfócitos, as células de defesa do nosso corpo, são retiradas do paciente com câncer e enviadas para uma fábrica nos Estados Unidos, lá eles fazem a modificação por meio de um vetor viral e essas células retornam como medicamento para ser aplicado no paciente.
Entretanto, ao que tudo indica, não será disponibilizado pelo SUS, já que se trata de um tratamento de alto custo por ser de caráter personalizado e individual, só que pode ser uma boa alternativa para aqueles que não restam outras opções. A estimativa é que o tratamento custe em torno de 2 milhões de reais. Foram cerca de 12 anos de pesquisas e já é autorizado em países como Estados Unidos, Japão e outros da Europa.
Portanto é um importante avanço para a medicina mundial e um ar de esperança para os pacientes, apesar de ainda estar em fases de pesquisas, a tendência é que este tipo de terapia seja utilizado cada vez mais, tanto para o câncer, quanto para outras doenças como lúpus e fibroses. Torcemos para que um dia seja acessível também ao SUS.
Foto Destaque: Atuação do Câncer. Reprodução/Medicar
