O Ministério da Saúde espera que o primeiro lote com 20 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos chegue no final de agosto. Já o segundo lote, com 30 mil doses, deve chegar no início de setembro. Os imunizantes foram encomendados junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e à Organização Mundial de Saúde (OMS).
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à CNN afirmou que há a perspectiva de produção da vacina em território brasileiro. O ministro disse: “Temos dois grandes laboratórios como Fiocruz e Butantan que, se tiverem o banco de células, poderão produzir a vacina, a tecnologia é antiga o que precisamos é do banco de células”.
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. (Foto: Reprodução/UOL Notícias)
De acordo com informações da CNN Brasil, Queiroga disse que não vê a possibilidade da varíola dos macacos se tornar uma pandemia, levando em consideração o histórico da doença. “O vírus de DNA muta menos, não é como o vírus de RNA. Pode mutar? Pode, mas a previsibilidade desses agentes patógenos é menor. Pelo que ouvi dos especialistas não há condição de virar uma pandemia como da Covid-19”, disse.
Segundo o ministro, o objetivo do governo é ampliar os laboratórios que fazem o diagnóstico da varíola dos macacos no Brasil (27, sendo um em cada unidade da federação) até o final da primeira semana de agosto. Atualmente, apenas quatro no Brasil fazem esse diagnóstico, são eles: o Instituto Adolfo Lutz, o Instituto Oswaldo Cruz e a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação Ezequiel Dias.
Os profissionais de saúde, pelo cronograma, que estão atendendo os pacientes com a monkeypox devem ser os primeiros a receber o imunizante. O ministro disse: “Logo que tivermos uma vacina no Brasil vamos aplicar nos profissionais de saúde, e não são em todos, apenas nos que estão cuidando dos pacientes com a doença”.
A pasta, nesta segunda-feira (1º), informou que o Brasil vai receber o antiviral tecovirimat para o enfrentamento da varíola dos macacos. Logo no primeiro lote, o governo vai receber de apenas 50 antivirais para tratar pacientes em estado grave. Queiroga aponta que, apesar de ser off-label, "o medicamento não tem evidência efetiva sólida, é de uso off-label, porém está sendo usado em outros países em casos considerados muito graves”.
Foto Destaque: Primeiro lote de vacinas devem chegar no início de agosto. Reprodução/Agência Brasil - EBC.