Mesmo após anunciar a decisão de que retiraria o sigilo do cartão do ex- presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ,no dia 15, estava faltando apenas a formalização do ato, o Ministério da Saúde mantém um entendimento antigo bem sobre o assunto.
Cartão digital de vacinação (Reprodução/Prefeitura de Campo Grande )
Por meio da Lei de Acesso à Informação, em resposta a respostas super rudes, a pasta informou na última quinta-feira (23) que o fornecimento de informações dessa natureza “não é passível de atendimento, uma vez que os dados solicitados, por serem referentes à saúde, vinculados a uma pessoa natural, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD.
A empresa CNN apresentou um recurso e permanece aguardando algum posicionamento da controladoria, responsável por analisar esses pedidos de cooperação. O ministro Vinicius de Carvalho, da CGU, no último dia 17, confirmou em uma entrevista exclusiva que não só há uma quebra do sigilo, mas também falou que foi identificado um registro de vacinação de Bolsonaro contra Covid-19.
Carvalho confirmou ainda que houve uma troca de ofícios entre a CGU e o Ministério da Saúde em que havia o questionamento, se o ex presidente, Jair Bolsonaro teria recebido uma dose da vacina Janssen no dia 19 de julho de 2021. Agora, a CGU começou a investigar a possibilidade desse registro ter sido adulterado. Porque somente com base no registro não é possível confirmar se Jair Bolsonaro efetivamente se vacinou contra o coronavírus.
O ministro explicou que, por meio de uma denúncia realizada no ano passado, em 2022, dizendo que haveria adulteração, foi aberta uma investigação para averiguar o assunto no dia 30 de dezembro. "Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, destacou à época.
Foto de destaque: Jair Messias Bolsonaro/ Reprodução – Valor Econômico