Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) se uniram para criar um método para estudos e exames cerebrais; em colaboração, as instituições desenvolveram um método de implantar uma “janela” no crânio de um paciente. Facilitando a realização de ultrassons para conseguir imagens cerebrais em alta resolução, permitindo um estudo da atividade cerebral de modo mais detalhado.
O processo consiste na
implantação de uma prótese de parte do crânio transparente, podendo assim, ver
com maior precisão o interior do crânio, visualizando mais facilmente respostas
cerebrais.
USC (Foto: reprodução/Ken Lund/Flickr)
Cirurgia
É a primeira vez que o
ultrassom é feito pela substituição de parte do crânio, segundo Charles Liu,
professor de cirurgia neurológica clínica da Universidade do Sul da Califórnia
e diretor do Centro de Neuro Restauração da USC.
“A capacidade de extrair esse tipo de informação de forma não invasiva por meio de uma janela é algo bastante significativo, principalmente porque muitos pacientes que precisam de reparo no crânio podem desenvolver deficiências neurológicas” disse o professor.
Jared Hager
O primeiro paciente a
passar pelo experimento da implantação de transparentes foi Jared Hager, de 39
anos. Enquanto andava de skate, Jared sofreu um acidente que ocasionou uma
lesão cerebral. Metade de seu crânio foi retirado durante a cirurgia.
Desde então Hager teve que
esperar para fazer outra cirurgia para colocar uma prótese, foi aí que ele se
inscreveu para participar das pesquisas de Charles Liu.
Os estudos apontaram que
era seguro a implantação de uma parte do crânio personalizada, praticamente
transparente, através da qual poderiam analisar com exames e obter imagens mais
nítidas.
O novo método descoberto
pelos pesquisadores, pode ser benéfico para o tratamento de diversas doenças e
lesões, segundo Charles. Epilepsia, demência ou problemas psiquiátricos.
Os métodos utilizados
atualmente não resultam em imagens conclusivas, geram imagens de baixa
qualidade, como, por exemplo, a ressonância magnética funcional e a
eletroencefalografia.
Foto Destaque: Implante transparente (Reprodução/Todd Patterson/Kerk School of Medicine USC)