A existência dessa elite de idosos se deve por conta de células nervosas maiores, localizadas em regiões do cérebro responsáveis pela memória, segundo uma recente pesquisa publicada no The Journal of Neuroscience. Esse grupo de idosos pode ter nascido com essas células ou seus neurônios podem ter crescido mais, ou encolhido menos, que os das outras pessoas de mesma idade ou próxima. A partir dessa descoberta e depois de muito estudo, formas de cura da demência estão mais próximas de serem descobertas.
O que os estudiosos querem entender é como determinar particularmente como as mudanças nas células nervosas podem afetar a saúde cerebral de longo prazo. Estudar melhor o assunto chegará na descoberta se elas oferecem proteção na idade avançada ou são um reflexo da melhor saúde do cérebro.
O Programa de Pesquisa do Superenvelhecimento da Universidade do Noroeste em Illinois, nos Estados Unidos, tem há anos como principal objetivo descobre o que mantêm o cérebro cognitivo ativo, automaticamente, protegendo os indivíduos da demência.
Grupo de idosos movimentando o corpo e a mente (Reprodução/casaderepouso.com)
Para participar da pesquisa, o idoso deve ter mais de 80 anos, ter excelente memoria, estar disposto a passar por diversos exames e concordar em doar seu cérebro para pesquisa após a morte. Usando imagens de ressonância magnética, os pesquisadores concluíram que os cérebros dos superidosos tem funcionamento e aparência similar a adultos de 50 anos, não de 80 anos.
A pesquisa mais recente, feita em cérebros mortos, concentra-se em uma região do cérebro conhecida como córtex entorrinal, que está relacionada à memória. Os pesquisadores estudaram o cérebro de seis superidosos com memória cognitiva mediana, cinco pessoas com Alzheimer em estágio inicial e seis doadores mais jovens que morreram de doenças não relacionadas ao cérebro. Foi a partir dai que surgiu a conclusão que os superidosos tem neurônios maiores e mais saudáveis naquela região do cérebro do que os demais. Eles também tem menos probabilidade de acumular depósitos anormais de proteína, conhecido como placas, que se apresentam em cérebros com pessoas com Alzheimer.
Foto Destaque: Casal de idosos de grande memória cognitiva. Reprodução/UOL.