Saúde

Estudos indicam que o parto prematuro eleva o risco de uma nova prematuridade

Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam estudos que o Brasil está em 9 ° lugar com nascimentos precoces, atingindo todas as camadas da sociedade brasileira

26 Jul 2022 - 10h29 | Atualizado em 26 Jul 2022 - 10h29
Estudos  indicam que o parto prematuro eleva o risco de uma nova prematuridade Lorena Bueri

Resultados das pesquisas realizadas pela Nascer no Brasil e desenvolvida pela coordenação Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foram anunciados dados que 6,701 dos bebês nascidos no Brasil eram prematuros.  Mulheres que tiveram um parto prematuro tem o risco de quatro vezes maior de enfrentar algum problema na próxima gestação. Além de causar morte na maioria dos casos, impacta na saúde da criança.


 

Gravidez (Foto:  Reprodução/ Pixels)



A prematuridade acontece quando a mulher tem mais de duas ou mais gestações e o parto acontece antes de completar 37 semanas. A enfermeira e principal autora da pesquisa comentou que “Imaginávamos que a recorrência fosse alta em virtude das altas taxas de prematuridade no Brasil, mas não imaginávamos a sua dimensão” disse.
Com 60% dos casos, o parto prematuro ocorre quando há algum problema com a mãe ou o bebe. Mulheres adolescentes e adultas com classes sociais mais baixas, possuem maior vulnerabilidade nesses casos.

O ginecologista Romulo Negrini, reforçou que “Esses pacientes precisam de uma atenção maior, porque correm maior risco e que isso está relacionado à assistência pré-natal inadequada, entre outros fatores. Um acompanhamento bem feito dessa gestante detectaria esses riscos para, então, incorporar medidas de prevenção”, explica.


Outros 40% dos partos prematuros acontecem por intervenção médica direta, que são mulheres adolescentes e adultas com classe média alta. “Muitos dos partos prematuros poderiam ser evitados, principalmente aqueles ocorridos por cesarianas eletivas. Precisamos reduzir as intervenções sem indicação clínica, que podem refletir em desfecho maternos e neonatais adversos”, destaca Bárbara Almeida.


Bárbara Dias também comenta que “A redução das desigualdades sociais e de saúde devem ser uma prioridade, além disso, o fortalecimento das ações preventivas no pré-natal, a educação permanente dos profissionais de saúde, o controle das complicações obstétricas, o encaminhamento adequado das gestantes a assistência ao parto e a garantia de um atendimento humanizado e seguro são fundamentais” ressalta. O Brasil atualmente ocupa o 9°lugar no Ranking de nascimentos prematuros, porém a prematuridade tem aumentando cada vez mais mundialmente.
 

Foto destaque: Pesquisador. Reprodução/ Pixels
  

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