Um estudo organizado pela Academia Americana de Medicina do Sono com a Sleep Research Society em Houston, nos Estados Unidos, mostrou que através de baixas doses de acetilsalicílico - Aspirina - é possível se ter um controle maior das vias inflamatórias em que, muitas vezes, ficam inflamadas devido à falta de sono.
Segundo a responsável pelo estudo, Larissa Engert, pós-doutoranda no Departamento de Neurologia do Beth Israel Deaconess Medical Center, o estudo viabilizou a descoberta de um medicamento, que pode auxiliar em outras funções além das que já são atribuídas ao medicamento. “A novidade deste estudo é que ele investigou se podemos reduzir farmacologicamente as consequências inflamatórias de restrição de sono”, disse.
Falta de sono pode trazer complicações à saúde (Foto: reprodução/amenic181/iStock)
Estudo realizado apresenta bons resultados
Na pesquisa feita, foram analisados dados de 46 pessoas adultas separado em três tipos de grupos: o primeiro, tinha restrição de sono e, portanto, recebia o medicamento; o segundo, também apresentava restrição de sono, mas não era fornecido a Aspirina; o terceiro grupo, possuía um descanso completo e com o medicamento.
Para analisar, foi importante que os grupos seguissem as horas corretas de sono. No início, os participantes descansavam por duas noites com oito horas de sono, depois disso, com cinco noites de quatro horas, mas com três noites de recuperação.
Após o tempo de análise, foi constatada pelos pesquisadores uma atenuação nas vias inflamatórias ativadas pela falta de sono, no grupo que não havia recebido o medicamento.
Segundo Engert, o medicamento pode complementar e trazer uma melhoria no sono, prevenindo e controlando, assim, a inflamação.
O medicamento
Aspirina em comprimidos (Foto: reprodução/Bayer)
A Aspirina é um medicamento conhecido por possuir um ativo que ajuda no combate para alívios de febre e dor, além de possuir propriedades anti-inflamatórias.
O medicamento pode atuar como analgésico contra dores; antipirético, reduzindo a febre; anti-inflamatório, ao tratar de inflamações; e pode atuar como antiplaquetário, ajudando na prevenção primária e secundária de doenças cardiovasculares.
Foto destaque: Aspirina (Reprodução/William de Moura/ O Globo)