Pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres fizeram uma pesquisa sobre alimentos ultraprocessados e que esses alimentos podem desenvolver câncer do ovário e do cérebro.
Segundo a American Cancer Society, o câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos, onde representam mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino. Quase 60% das calorias que são ingeridas pelos adultos nos Estados Unidos são de alimentos ultraprocessados, onde muitas vezes eles têm baixo valor nutricional.
A maioria dos alimentos passam por uma quantidade moderada de processamentos, esses alimentos são o queijo, a manteiga de amendoim salgado, molho de macarrão, porém os alimentos ultraprocessados são o que mais tem aditivos, sabores artificiais, cores adoçantes e conservantes. No geral, esses alimentos são submetidos a alguns métodos de processamento para que seu sabor mude, sua textura e aparência também.
Refrigerantes estão entre os alimentos ultraprocessados, por conta das grandes quantidades de açúcar (Foto:Reprodução/Creative Commons)
A composição nutricional que faz parte da natureza dos ingredientes dos alimentos ultraprocessados favorece doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer e também contribui para aumentar o risco de deficiências nutricionais.
200 mil adultos de meia-idade passaram por uma dieta no período de dez anos, onde foram avaliadas pelos pesquisadores do Imperial College de Londres, eles descobriram que “um maior consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de câncer geral, especificamente de ovário e de cérebro.” Os pesquisadores também encontraram uma associação com um risco aumentado de morrer de câncer.
Esse estudo foi revisado por pares e também foi publicado em uma revista chamada eClinicalMedicine, do Lancet e acabou sendo uma colaboração com alguns pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Universidade de São Paulo (USP) e também da Universidade NOVA Lisboa.
Foram 197.426 indivíduos, porém 15.921 pessoas acabaram desenvolvendo câncer e ocorreram 4.009 mortes que foram relacionadas ao câncer.
Em um comunicado, o Imperial College de Londres, informa que para cada aumento de 10% nos alimentos ultraprocessados na dieta de uma pessoa, houve um aumento de 2% na incidência de câncer em geral e um aumento de 19% no câncer de ovário especificamente.
Porém essas ligações permaneceram após ajustes de fatores socioeconômicos, que são como o tabagismo, atividade física e índice de massa corporal (IMC).
Foto Destaque: Pizza congelada que pode aumentar risco de câncer (Foto:Reprodução/Heather Black/The New York Times)