Saúde

Esporotricose: A doença que afeta os gatos pode ser um risco para humanos

Casos de esporotricose acendem alerta para autoridades de saúde e zoonoses sobre o risco de infecção tanto de humanos como de felinos. Confira o alerta.

17 Out 2023 - 21h39 | Atualizado em 17 Out 2023 - 21h39
Esporotricose: A doença que afeta os gatos pode ser um risco para humanos Lorena Bueri

A esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode infectar humanos e tem como vetor um animal, no caso o gato. Ela é causada por uma espécie de fungo, Sporothrix brasiliensis e gera alerta dos órgãos de saúde em razão do aumento acelerado de casos entre humanos.

O grande número de animais soltos nas ruas, além da falta de informação sobre os perigos da doença, são as principais causas para o aumento dos casos, que mais que dobrou nos últimos anos.

Como ocorre a transmissão

A principal forma de contágio pela doença é o contato com um animal infectado, por um arranhão ou mordida, por exemplo. É comum aparecer uma lesão avermelhada no local do trauma, que pode aumentar de tamanho. 

Outro sintoma comum é a aparição de feridas ulceradas que formam uma fileira na região. O diagnóstico requer o exame clínico para análise das lesões, bem como a coleta de material para verificar a presença do fungo em laboratório.


Esporotricose é transmitida para os humanos por gatos infectados. (Foto/Reprodução/Pexels)


Tratamento

No caso da esporotricose em humanos, o tratamento é feito com uso de medicamentos por via oral, e dura entre 15 e 30 dias, até que as lesões desapareçam por completo. No geral, são raras as complicações em razão da doença.

Consequências para os felinos

Nos gatos, a doença começa a se manifestar com lesões cutâneas que aparecem na região da cabeça e demoram a cicatrizar. Conforme evolui, pode atingir também as mucosas e chegar até os ossos. Casos mais graves podem levar à morte do animal, uma vez que causam dificuldade respiratória.

O ideal é levar o animal para um veterinário nos primeiros sintomas, para aumentar as chances de recuperação. O tratamento é feito com remédios antifúngicos e a duração vai depender do grau das lesões e da evolução do quadro, mas pode variar entre três e seis meses.

Para evitar o contágio, o ideal é sempre manter limpo o local onde o animal está, além de afastá-lo de outros felinos que possam estar infectados.

Foto Destaque: Gato é o vetor da doença. Reprodução/Pexels

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