O micro-organismo "KPC" é resistente a múltiplos antibióticos e a outras bactérias. Responsável pela morte de cinco bebês em Cuiabá (MT), a superbactéria é a temida “praga” em ambientes hospitalares. Ela se alastra rapidamente, principalmente entre recém-nascidos, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas, imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar - dentro ou fora da UTI.
A “superbactéria”, identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, sofreu mutações genéticas, tornando-a resistente a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, por exemplo) e à capacidade de tornar resistentes outras bactérias.
Segundo portal do Dr. Drauzio Varella, a bactéria pode ser encontrada nas fezes, água, solo; em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre através do contato com secreções de pacientes infectados, aparelhos de ventilação mecânica, cateteres e sondas, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene. Caso aconteça falha no processo de higienização do ambiente hospitalar, a transmissão pode ocorrer de paciente para paciente, na chamada “transmissão cruzada”.
Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). Reprodução/Google imagens/Folha Arte
Drauzio chama a atenção, inclusive para o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos: “A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar, mas é necessário todos termos consciência da importância de não utilizar antibióticos indiscriminadamente para evitar o desenvolvimento de uma superbactéria”.
Entre os sintomas, estão:
- Febre,
- Prostração,
- Dores no corpo,
- Na bexiga se a infecção atinge o trato urinário,
- Tosse em casos de pneumonia.
No caso dos bebês que estavam internados na UTI neonatal do Hospital Estadual Santa Casa em Cuiabá(MT), segundo o governo do estado, eles chegaram no hospital já infectados pela superbactéria, após passarem por outras unidades de saúde. Foram feitos exames que identificaram a infecção.
Foto Destaque: Cultura da KPC em uma placa de Petri; foto de 2013. Reprodução/Fernando Pacífico/G1.